O número de casos notificados de dengue em Mogi Mirim aumentou. De 17 em 2012, saltou para 147 até esta terceira semana de novembro, segundos dados da Vigilância Epidemiológica da cidade. O crescimento vem à tona junto de um mapeamento da dengue no país, divulgado nesta semana pelo Ministério da Saúde, que apontou 157 municípios brasileiros em situação de risco para a doença, outros 525 em alerta e 633 cidades com índice satisfatório, entre eles Mogi Mirim. Embora o número de casos tenha crescido, a situação não é vista como preocupante.
“Estamos em estado de alerta, mas preparados para enfrentar a doença. Do ponto de vista do número, não preocupa. Não temos casos graves, nem óbitos”, disse a gerente de Vigilância em Saúde, Anamaria Rímoli Gzvitauski.
Boa notícia é de que não houve registro de morte nos últimos dois anos. O aumento, superior a 764% este ano em relação ao ano passado, não possui uma causa específica, mas sim uma série de situações, que vão desde o acúmulo de locais que servem de criadouro para o mosquisto Aedes aegypti, espalhados por vários pontos da cidade, temperatura, até a falta de conscientização de boa parte da população.
A não interrupção da transmissão no período do interno também pode ter colaborado para a elevação dos casos notificados. Levantamento da VE aponta que os locais de maior incidência do mosquito na cidade se encontram em bairros da zona Norte, como Santa Luzia, Bicentenário e Jardim Silvânia, zona Leste, no Parque das Laranjeiras, e zona Sul, no Jardim Maria Beatriz e bairro do Aterrado. Por outro lado, a transmissão da doença se dá por todo o município.
As intensificações e ações de controle contra a dengue continuam em Mogi Mirim. Segundo a VE, além de arrastões que já foram promovidos este ano, campanhas de conscientização em escolas, visitas a residências e ações de investigação são desenvolvidas durante todo o ano. Agentes de saúde, em média, visitam a mesma casa quatro vezes ao ano, sempre no trabalho de orientação.
Colaboração
Embora as ações realizadas pela Prefeitura sejam contínuas, mas ainda falhas em vários pontos da cidade, como terrenos abandonados e baldios, Anamaria Rímoli afirma que a população deve colaborar com o trabalho da Prefeitura. “Precisa de apoio da população, muitos não deixam entrar nem em casa, tem que mudar o hábito. Não erradicamos a dengue, é impossível, mas a população tem que ajudar”.
O Mapeamento
O Ministério da Saúde realizou um mapeamento que revelou que 157 municípios brasileiros estão em situação de risco para a doença, outros 525 em alerta e 633 com índice satisfatório. Os dados são do Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa).
Neste estudo, elaborado pelo Ministério em conjunto com estados e municípios, foi realizado entre 1º outubro e 8 de novembro deste ano em 1.315 cidades e teve como objetivo identificar onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito transmissor da doença.
Nos municípios classificados em situação de risco, mais de 4% dos imóveis pesquisados apresentaram larvas do mosquito. Foi considerado estado de alerta quando os imóveis pesquisados apresentam índice entre 1% a 3,9% e satisfatório quando fica abaixo de 1%. Mogi Mirim registrou índice satisfatório, ficando abaixo de 1%, com 0,1%, em uma escala que apontou municípios em estado de alerta e risco.
Criadouros de dengue
Evite deixar água acumulada em:
lajes
calhas
pratos de vasos de plantas
pneus
ralos
caixa d’água
acúmulo em entulhos, galhos e podas de jardim
recipientes, plástico ou metal
garrafas de vidro ou plástico
baldes
tampas de refrigerante
brinquedos velhos
piscinas
matérias recicláveis
Procure uma unidade de saúde em caso de:
febre
dor de cabeça
dor atrás dos olhos
dor de barriga
manchas vermelhas pelo corpo
vômitos