Uma tradição de Mogi Mirim é a dança da catira, praticada há mais de 200 anos na cidade. Um grupo ainda atuante denomina-se “Catireiros Mirim” e que foi organizado pelo meu estimado amigo Compadre Jaçanã, grande defensor das tradições folclóricas e da música sertaneja de raiz em Mogi Mirim. Para quem não conhece ou não entende as marcações rítmicas dessa dança brasileira, vou explicar seu conteúdo.
O que é a catira?
A catira ou cateretê é uma dança coletiva e popular do nosso folclore. Começou há mais de 400 anos no sudeste brasileiro e espalhou-se por outras regiões, tendo surgido entre os tropeiros e boiadeiros, que em suas horas de descanso e descontração, praticavam essa dança.
Ritmo e marcação
A catira é marcada de modo peculiar com a batida de pés e mãos, ao som do ritmo de viola caipira, dançada por um grupo calçando botas, chapéus e lenços no pescoço, trajes típicos do antigo homem do campo. O grupo é geralmente formado no máximo com 10 integrantes e dois violeiros, que iniciam cantando o “rasqueado” e com intervalos musicais para os dançarinos iniciarem o movimento denominado “escova”. Pulos e passos coreográficos, com batida forte de pés e mãos, acompanham o ritmo das violas.
Movimentos coreográficos
Existem dois movimentos básicos: “serra acima”, quando os catireiros rodam uns atrás dos outros companheiros, da esquerda para a direita, alternando as batidas dos pés e mãos. No movimento denominado “serra abaixo”, os catireiros voltam para trás e da direita para a esquerda, dando pulos e batendo mãos e pés alternadamente.
Em seguida acontece o “recortado”, com os dançarinos trocando de lugar e fileiras. As catiras podem, no final, ter o movimento chamado “levante”, quando o grupo de dançarinos canta a música tema, em coro.
As músicas da catira sempre são relacionadas com a cultura dos campos brasileiros, com temas versando sobre a vida e os costumes e tradições dos habitantes dos sítios e fazendas, com as letras mencionando fatos que envolvem o meio rural, como boiadas, cavalos, plantações, a nostalgia e a beleza da natureza campestre, as alegrias e as tristezas dos lavradores, agricultores e peões das propriedades brasileiras, sempre contadas poeticamente e demonstrativas do amor pela terra-mãe.
Os catireiros mogimirianos
Os “Catireiros Mirim” de nossa cidade, liderados geralmente pelo Compadre Jaçanã, já se apresentaram em diversos programas de rádio e televisão com grande sucesso, levando a todo Brasil a cultura de nosso homem do campo. Em meados do século passado, em uma chácara situada na Rua Padre Roque, imediações do atual Posto do Ari, anualmente acontecia uma reunião de grupos catireiros da região e de Minas Gerais e onde dezenas de praticantes dessa dança folclórica exibiam suas qualidades artísticas, numa atividade que perdurou por alguns anos.
Túnel do TEMPO
15 de novembro de 1952 – No feriado da Proclamação da República, os estudantes de Mogi Mirim realizaram uma grande tarde esportiva, com a participação de centenas de ginastas no Estádio Vail Chaves, com bailados, gincanas, evoluções rítmicas e futebol. O espetáculo foi encerrado com uma partida de futebol entre o Colégio Estadual Monsenhor Nora e a Escola de Comércio, com a vitória do Colégio por 4 a 2.
Preceitos Bíblicos
“É justo o Senhor em seus caminhos. É santo em toda a obra que Ele faz. Ele está perto da pessoa que o invoca e de todo aquele que o invoca lealmente. Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem e os vossos santos com louvores vos bendigam. Narrem a glória e o esplendor do vosso Reino e saibam proclamar vosso poder”. (Salmo 144).
Livros – História de Mogi Mirim e Região
Mogi Mirim, nascida da bravura dos paulistas | 512 páginas e 42 fotos
A escravidão e o abolicionismo Regional | 278 páginas e 56 fotos
Memórias Mogimirianas | 260 páginas e 47 fotos
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