Quem circula pelas ruas de Mogi Mirim nos dias atuais, repleta de veículos transitando desordenadamente pela cidade, pouco pode imaginar o que acontecia por volta dos anos quarenta, há cerca de 75 anos em nossa terra. Nessa época o panorama era totalmente diferente. Além dos raros automóveis, nossas ruas eram tomadas por cavalos, carros de bois e boiadas!
Eu estava com 9 anos de idade e frequentava o Grupo Escolar Cel. Venâncio, quando presenciei em diversas oportunidades a circulação de cavalos, boiadas e carros de bois pelas ruas de Mogi Mirim. Esse acontecimento era normal na época. Hoje seria inconcebível.
O cavalo era um meio de condução muito popular e nos armazéns mogimirianos existia fronteiriço em suas portas para estacionamento de animais, que consistia num travessão de madeira apoiado em dois mourões e onde os cabrestos dos cavalos eram amarrados.
Mesmo proibidos pela prefeitura, alguns carros de bois burlavam a lei e circulavam por nossas ruas. Às vezes tinham dispositivos nas rodas, que giravam emitindo sons, como o povo dizendo que eram carros de bois “cantadores”.
Entretanto, o mais impressionante eram as boiadas que geralmente vinham dos sítios e fazendas da Vatinga, Sobradinho, Piteiras, Garcez e imediações com destino ao Sul de Mogi Mirim. Elas desciam a Rua Padre Roque, passavam pelo Centro, contornando a Praça Rui Barbosa, Rua Dr. José Alves ou Conde de Parnaíba, com destino à Estrada Velha de Itapira pelo Bairro do Mirante e rumo à divisa com Minas Gerais.
Na época, eu morava com meus pais no início da Rua Padre Roque, logo depois do Posto Romanello, e presenciei diversas dessas boiadas passando defronte nossa residência. Lembro que minha mãe chamava atenção, dizendo: – Menino, saia já da rua que vem vindo boiada!
Eu entrava correndo para casa e ficava na janela presenciando a passagem de centenas de bois e vacas, tangidas por peões com chicote e berrante. A invasão de boiadas pela cidade era proibida pela prefeitura, mas não existia nenhum fiscal corajoso que impedisse o trânsito de centenas de animais. Existiam apenas algumas pessoas que vigiavam nossos jardins públicos para impedir sua destruição pela boiada.
Foi uma época curiosa e poética da antiga Mogi Mirim!
Livros – História de Mogi Mirim e Região
Mogi Mirim, nascida da bravura dos paulistas
512 páginas e 42 fotos
A escravidão e o abolicionismo Regional
278 páginas e 56 fotos
Memórias Mogimirianas
260 páginas e 47 fotos
Vendas em Mogi Mirim
– Banca da Praça Rui Barbosa
– Papelaria Silvas Store (Toda)
– Papelaria Gazotto – Centro
– Agro Avenida – Av. 22 de Outubro
– Papelaria Carimbo Expresso
Vendas em Mogi Guaçu
– Papelaria Abecedarium – Centro
– Livraria Jodema- Shopping
– Banca da Capela
– Banco do Porta – Av. 9 de abril
– Banca do Toninho – Centro
Túnel do TEMPO
Em 22 de abril de 1774, o Município de Mogi Mirim foi incumbido pelo governo português de cobrar as passagens dos rios no caminho de Goiás, visto ter falecido o donatário Bartolomeu Bueno da Silva, o segundo Anhanguera.
Preceitos Bíblicos
Naquele tempo, disse Jesus: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas. O mercenário que não é pastor e não é dono das ovelhas, vê o lobo chegar, abandona as ovelhas e foge, e o lobo as ataca e dispersa. Pois ele é apenas um mercenário que não se importa com as ovelhas.” (Daniel 12, 1-3)