As festividades em homenagem a São Lázaro terão início na quinta-feira, 16, na igreja ligada à Paróquia de São José, localizada na Rua José Mathias, no bairro do Tucura, Zona Norte da cidade. A primeira noite de louvor dedicada ao padroeiro da comunidade terá uma missa marcada para as 19h30. O tríduo de celebrações prosseguirá na sexta-feira, 17, com outra missa agendada para o mesmo horário.
No sábado, 18, o tríduo chegará ao seu último dia, culminando com a missa marcada para as 19h. É importante ressaltar que a missa dos domingos continuará seguindo sua programação normal no dia 19, com início às 8h30. Além disso, antes da missa, às 8h15, haverá uma procissão que sairá da Rua José Mathias, nº 201, seguindo até a Capela de São Lázaro.
A comunidade tem o costume de celebrar o padroeiro no segundo final de semana de novembro. No entanto, é fundamental observar que São Lázaro, de acordo com os regulamentos da Igreja Católica Apostólica Romana, não possui uma data específica no calendário litúrgico.
A igreja do Tucura venera Lázaro da parábola, para o qual não há um dia estabelecido (o calendário litúrgico se aplica ao Lázaro irmão de Marta e Maria, celebrado em 17 de dezembro, que, segundo a tradição, foi ressuscitado por Jesus e se tornou bispo).
O Lázaro celebrado pela comunidade mogimiriana é o mendigo e leproso protagonista da parábola de Jesus, “O Rico e Lázaro”, encontrada no Evangelho de Lucas, 16:19–31. A passagem narra a história de um homem rico que se vestia com roupas caras e banquetear-se todos os dias, ignorando um mendigo chamado Lázaro que jazia à porta de sua casa, cheio de chagas. Mesmo desejando matar sua fome com as migalhas que caíam da mesa do rico, Lázaro era negligenciado e até mesmo os cães vinham lamber suas feridas.
Eventualmente, ambos morrem, com Lázaro sendo levado ao Céu junto a Abraão, enquanto o homem rico é atormentado no inferno. Do Hades, o homem rico implora a Abraão por um pouco de água para aliviar seu sofrimento, mas é informado de que há um abismo intransponível entre eles. As posições se inverteram e nada pode ser feito para mudar isso.
É importante observar que este mendigo, chamado Lázaro, não deve ser confundido com o Lázaro de Betânia, que foi ressuscitado por Jesus, e é notável por ser o único personagem nas parábolas de Jesus a receber um nome próprio. Por esse motivo, muitos teólogos e estudiosos sugerem que ele tenha realmente existido.