Caros leitores, como diz o ditado: “o peixe morre pela boca”. Mas o Jair não deve saber disso. Bolsonaro calado seria um poeta. Em mais um de seus discursos de improviso disse agora que é do chamado Centrão, aquele grupo de partidos que procura dançar conforme a música, ora de um lado, ora de outro, mas sempre na órbita do poder. Ou como bem definiu o meu amigo jornalista André Paes Leme – “Dinheiro na mão, calcinha no chão”.
Isso se chama fisiologismo.
A frase da vez: “Eu sou do Centrão” foi cunhada na apresentação do novo ministro da Casa Civil, o senador Ciro Nogueira, do PP, que já foi fã número 1 de Lula. E justo Bolsonaro que em 2018 chegou a dizer que a palavra “Centrão” era o mesmo que um “palavrão” e que os partidos de Centro era “o que há de pior no Brasil”. Agora, juntos. De novo. Pra quem dizia que não se misturava com “gentalha, gentalha”… Mostrou quem é de verdade!
Nas redes sociais, partidos de esquerda, principalmente, e políticos mais à esquerda, também, não perdoaram. E descascaram o Jair assim:
“Bolsonaro 2018 x Bolsonaro 2021: ‘O Centrão em nome do ‘patriotismo’ e da ‘ética’, contra Jair Bolsonaro. Tudo não passa de desespero ante a possibilidade de serem apeados do poder. x ‘Eu sou do Centrão’” – PSol.
“‘Eu sou do Centrão’, disse agora Bolsonaro. Parabéns! Depois de tanto tempo disse uma verdade. Quanta hipocrisia” – Guilherme Boulos.
“Bolsonaro teve um surto de sinceridade e disse que é do Centrão. Esperando agora o que ele vai falar sobre milícia” – Marcelo Freixo.
“‘Eu sou do Centrão’, Jair Bolsonaro. Mais um discurso que cai por terra. Depois de R$ 110 bilhões em cargos ao Centrão, Bolsonaro finalmente admite o que todos sabemos: ele é tchutchuca do Centrão. Qual a desculpa agora?” – Arthur do Val.
“Sobre a mini-reforma (sic) ministerial: Se gritar pega Centrão, tá no Planalto, meu irmão” – Marina Silva. Tem que rir pra não chorar.
Por hoje, só sexta que vem.