sexta-feira, novembro 22, 2024
INICIALOpiniãoArtigosChega de indicativos: Queremos Propostas

Chega de indicativos: Queremos Propostas

Definitivamente, o povo já está saturado de indicativos do que será feito pelos candidatos à presidência da República. A situação econômica do Brasil é preocupante, já que o dólar oscila sempre para cima; a geração de empregos foi drasticamente reduzida; aguarda-se um “tarifaço” após o pleito; o setor de comércio e serviços atravessa um dos piores momentos nos últimos dez anos, sem contar a indústria que tem perspectiva de queda brutal na produção, caso algo não mude.

No tripé da área social, Educação, Saúde e Segurança, não se vê clareza no que será feito. É preciso que os candidatos parem com esse jogo de superficialidade e comecem a apresentar ao povo aquilo que farão. É dever dos candidatos e partidos apresentarem seus projetos para o país.

Se a corrupção é endêmica, e parece sê-lo, é um fato que não encontrou plano de combate viável e eficaz de nenhum dos dois candidatos, Aécio Neves e Dilma Rousseff, para implantar na Administração Pública.

Ao invés disso, limitam-se a trocar acusações, distraem o povo nessa contenda inútil, sem apresentar as soluções que todo os segmentos sociais anseiam por conhecer.

É necessário frisar que não é bom um Estado demagógico-assistencialista; como também é repulsivo o liberalismo desenfreado, sem responsabilidade social, que trata pessoas como números, sem respeito a sua humanidade. É necessário chegarmos a um meio termo exequível.

Debates eleitorais se seguirão e espera-se que os candidatos abordem temas úteis para a sociedade como, por exemplo, o que será feito da segurança pública no país. Já está mais do que comprovado, que o atual sistema faliu e que as estruturas policiais existentes precisam de urgente modificação, para que sejam mais eficientes, ganhando o respeito da população, e mais valorizadas pelos seus próprios integrantes, que não têm perspectiva de futuro promissor em seus quadros, com flagrante subvalorização dos servidores.

Na área da Saúde é preciso aumentar, e muito, a quantidade de médicos para atendimento à população, bem como a quantidade e a qualidade dos serviços prestados ao povo. Não é possível continuarmos a ver pessoas morrendo em filas de espera por atendimento. Detalhe: outrora esse problema era inerente apenas ao serviço público de saúde; atualmente, também o atendimento privado está sucateado, graças à maciça demanda existente.

O sistema educacional no Brasil é perverso, pois é dificílimo ver um pobre com mérito estudar em uma universidade pública, simplesmente porque a qualidade do ensino público fundamental e médio no país é vergonhosa. Basta lembrar que já tivemos a capacidade de impedir a reprovação de alunos, simplesmente para que estes não abandonassem a escola, demonstrando mais interesse em preservar dados estatísticos do que o aprendizado dos estudantes. Da mesma forma, temos a ousadia de facilitar o acesso ao ensino superior não pelo mérito pessoal conjugado à condição social mas, simplesmente, pela cor da pele, o que é deplorável em um país verdadeiramente democrático e socialmente responsável.

Todas as mazelas resumidamente apontadas nesta abordagem, nas áreas da segurança pública, saúde e educação, são uma pequena, porém, significativa parte, de todo o problema que assola o país.

A questão tributária, essencial para o desenvolvimento, deve ser abordada com mais racionalidade. Sabe-se que é praticamente impossível reduzir impostos. Isto porque a manutenção de toda a estrutura existente, e que tende a aumentar, necessita dos valores hoje arrecadados.

O que os governantes devem fazer é aplicar melhor esses recursos, fazendo com que eles se revertam em benefícios reais para a população, na educação, saúde e segurança, pelo menos.

Que os candidatos deixem as acusações e o sensacionalismo proposto pelos marqueteiros de lado, respeitem a inteligência dos cidadãos e ofereçam propostas concretas para o país. Nem a ideologia política importa mais. Queremos práticas políticas e administrativas que melhorem o Brasil.

RELATED ARTICLES
- Advertisment -

Most Popular

Recent Comments