segunda-feira, abril 14, 2025
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Cidades históricas: Congonhas

Congonhas é uma das mais tradicionais cidades mineiras e um dos polos de formação cultural de Minas Gerais, fundada em 1734, teve importante papel durante todo o ciclo do ouro.
Como todas as cidades históricas, Congonhas também se destaca por suas igrejas. São seis no total. Vão desde a simplicidade da Igreja N. S. do Rosário, construída totalmente por escravos, e a primeira da cidade; até a Basílica de Bom Jesus de Matosinhos, obra-prima do barroco brasileiro. Passando pelas não menos importantes: N. S. da Conceição, Matriz de S. José Operário, N. S. da Soledade e N. S. da Ajuda.
O destaque é mesmo a Basílica. Projetada por Aleijadinho e onde se encontram muitas de suas obras, no prédio e no adro (área externa da igreja). É, sem dúvida, o cartão postal de Congonhas.
Postada no alto de um morro, possui fachada exuberante, torres simétricas e um par de escadas para acesso. A vista para quem olha do meio do morro para cima, ou vice-versa, é linda. De um lado, uma construção imponente, grandes profetas como que a proteger a Basílica, e, de outro, as seis capelas dos passos da paixão, e uma visão montanhosa ao fundo!
No adro da Basílica estão os 12 profetas, acredito que seja a obra mais conhecida de Aleijadinho, feitos em pedra sabão datam de 1794 e levaram mais de 10 anos para conclusão. São magníficos. Cada qual com sua profecia representada e uma curiosidade: o profeta Daniel está representado junto a um leão, porém Aleijadinho nunca havia visto um leão, assim ele foi representado por uma cara semelhante a de um macaco e orelhas humanas. Muito interessante.
O passeio em Congonhas continua. Você pode descer a ladeira Caminho da História, que sai da lateral da Basílica, e ver como era a sociedade do século XVIII, com tudo bem preservado, nela encontra-se a Igreja S. José Operário. Linda também.
Museus e parques completam o roteiro turístico de Congonhas. Não deixe de visitar o parque da cachoeira, são 10 piscinas naturais e uma ampla área para a prática de esportes ou lazer. Imperdível também é o Museu de Congonhas com vasto acervo de obras que retratam todo o período do ouro e os passos seguintes até o tombamento do sítio sacro histórico como patrimônio cultural. São objetos, vestuários, escrituras, mapas, enfim, para quem ama história, é difícil sair de lá.
Congonhas está a 550 km de Mogi Mirim, passeio de pelo menos um final de semana, mas vale cada momento que você vivencia lá. É uma oportunidade de ver uma das obras mais importantes do, talvez, primeiro grande artista brasileiro.

 

Erika Rodrigues e Marcos Leandro

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