domingo, abril 20, 2025
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Cine São José nos anos 40 – n° 681

Vou retroceder aos anos 40, na aurora de minha vida, de minha infância querida e quando o cinema era a maior diversão dos mogimirianos. Nessa época existiam três cinemas em nossa cidade: Rex, São José e Cine Rádio. Entretanto, minhas maiores recordações estão com o Cine São José, que eu frequentava quase todo dia, aproveitando que morava com meus pais na Rua Padre Roque, defronte ao cinema.

Havia uma extraordinária fre-quência aos cinemas em Mogi Mirim, existindo dois horários, de segunda a sábado, às 17h e às 20h. Já no domingo, outras três sessões, a chamada Zig-Zag, às 10h, 17h e 20h. A domingueira da manhã era destinada à criançada, com desenhos e seriados. De todos esses horários, o mais frequentado era o das 20h, com o público formando extensas filas que, às vezes, dobrava o quarteirão se o filme era um grande sucesso.

Bastava atravessar a Rua Padre Roque e lá estava eu, um garoto de 12 anos, entrando na fila para comprar ingressos no cinema. Os bilheteiros mudavam sempre, mas os porteiros eram sempre os mesmos: João Todarelli e João Alves, que controlavam o acesso ao recinto.

Fiscalizando as filas estavam os dois soldados, Ataliba e Leite, na parte externa, e na interna os fiscais denominados “Inspetores de Quarteirão”. Representando estes últimos, normalmente estava o exigente Bráulio de Souza Leite, o terror dos jovens namorados e que costumavam aproveitar o escurinho do cinema para abraços e beijos carinhosos.

Projetando com uma lanterna, Bráulio administrava os casais atrevidos e algumas vezes chegava a retirá-los do cinema, em atitude protetora dos bons costumes, em uma época em que se defendia a pureza social.

O Cine São José totalizava 600 poltronas, que sempre lotavam. Na sessão noturna, às 19h55, um fundo musical iniciava, com as valsas Danúbio Azul, Contos dos Bosques de Viena e Valsa do Imperador. Logo depois, um gongo, boooom, soava. Em seguida outro, booom, que anunciava o início da sessão.

Luzes apagavam e na tela surgiam algumas publicidades de casas comerciais de Mogi Mirim. Finalmente começavam as exibições cinematográficas com documentários do canal 100, focalizando noticiários e imagens de todo o Brasil. Após cerca de cinco minutos iniciava o filme e os casaizinhos se aconchegavam ainda mais nas poltronas, no escurinho do Cine São José e com o romantismo dos anos 40 em Mogi Mirim.

Em 1978 foi fundada a Corporação Musical São José, pelo maestro Euclides da Cunha e conhecida como “Banda dos Meninos”, pois a maioria dos integrantes eram garotos, com média de 14 anos de idade. A banda fez grande sucesso em Mogi Mirim e foi muito prestigiada pela população.

Preceitos Bíblicos
“Caríssimo: antes de tudo, recomendo que se façam preces e orações, súplicas e ações de graça por todos os homens, principalmente pelos que governam e por todos que ocupam altos cargos, a fim de que possamos levar uma vida tranquila e serena, com toda piedade e dignidade”. (1 timóteo 2,1-2).

Túnel do TEMPO
21 de dezembro de 1872 – Tomou posse nesse dia, como presidente da província de São Paulo, o mogimiriano Dr. João Teodoro Xavier, tendo como vice-presidente Monsenhor Dr. Joaquim Manoel Gonçalvez de Andrade, ambos pertencentes ao Partido Conservador. Na ocasião, o Dr. João Teodoro recebeu de Dom Pedro II a mais alta honraria do país, a “Ordem da Rosa”.

Livros – História de Mogi Mirim e Região

Mogi Mirim, nascida da bravura dos paulistas
512 páginas e 42 fotos
A escravidão e o abolicionismo Regional
278 páginas e 56 fotos
Memórias Mogimirianas
260 páginas e 47 fotos

Pontos de venda em Mogi Mirim 
– Banca da Praça Rui Barbosa
– Papelaria Silvas Store (Toda)
– Papelaria Gazotto – Centro
– Agro Avenida – Av. 22 de Outubro
– Papelaria Carimbo Expresso

Pontos de venda em Mogi Guaçu
– Papelaria Abecedarium – Centro
– Livraria Jodema- Shopping
– Banca da Capela
– Banco do Porta – Av. 9 de abril
– Banca do Toninho – Centro

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