sábado, novembro 23, 2024
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Cinoê sugere redução dos vereadores e causa desconforto na Câmara

A sessão ordinária da Câmara Municipal caminhava com certa tranquilidade na noite de segunda-feira até a fala do vereador Cinoê Duzo (PSB). O discurso padrão foi deixado de lado por, ao menos, um dia para a sugestão de um projeto nem tão novo, mas que deu o que falar. Em seus cinco minutos de fala, o vereador apresentou a intenção de formular um projeto para a diminuição de 17 para 11 o número de vereadores que compõem o plenário do Poder Legislativo, medida que passaria a valer na próxima legislatura, de 2021 a 2024, já proposta na campanha do ex-vereador Leonardo Zaniboni (Solidariedade), mas nunca concretizada. A deixa foi o estopim para a ira de diversos pares, que condenaram a maneira como Cinoê apresentou a proposta.

Isso porque, durante o período concedido para sua explanação, Duzo, com um papel em mãos, solicitou a ajuda de seu assessor, o jornalista Renan Neves, para coletar assinaturas dos demais vereadores. Para ter sequência, é necessário o interesse de 12 vereadores. A partir disso, Cinoê precisa apresentar uma proposta de emenda ao artigo 15 da Lei Orgânica, solicitando a mudança do texto. Caso seja aceita pelo plenário, será permitida a realização de audiência pública para debater a possível mudança, que passaria pela votação dos edis em nova sessão.

Maria Helena, companheira de Cinoê no PSB, discordou da maneira como projeto foi apresentado. (Foto: Fernando Surur)

Enquanto o relógio contabilizava os cinco minutos da fala de Cinoê, o vereador aguardava as assinaturas dos companheiros, situação que gerou certo constrangimento e expressões nada contentes. Ao final do tempo, foram coletadas as assinaturas de Cristiano Gaioto (PP), André Mazon (PTB), Manoel Palomino (PPS), Luís Roberto Tavares, o Robertinho (PEN), Orivaldo Aparecido Magalhães (PSD), Geraldo Bertanha (SD), Luiz Roberto de Souza, o Chupeta (PSDB), Samuel Cavalcante (PR), além do próprio Cinoê. O restante dos vereadores optou pela não assinatura sob a alegação de que era necessário tempo para analisar a proposta. As assinaturas coletadas serviram para demonstrar apenas o interesse dos vereadores no projeto.

Bombardeio
A primeira a demostrar contrariedade foi justamente a companheira de partido de Cinoê, a vereadora Maria Helena Scudeler de Barros. “Sou favorável a essa composição, quanto mais vereadores, mais o município estará representado”, disse, para atacar na sequência. “Isso se conversa, se dialoga, jamais faria o que fez Cinoê. Nem o assessor sabia. Isso foi deselegante, desleal, não é assim que se faz”, contestou.
Moacir Genuário (PMDB) seguiu a linha da vereadora. “Realmente fomos pegos de surpresa, ficou uma situação delicada. Temos 17 vereadores para trabalhar em busca de ajudar o município, não estar aqui com papel decorativo”, frisou.

Seu companheiro de partido, Tiago Costa foi ainda mais enfático. Para ele, menos cadeiras na Câmara favoreceria o retorno da bancada do amém, maneira como a base de Gustavo Stupp ficou conhecida. “Não vou abraçar projetos populistas, hoje no Brasil essa cultura precisa ser desmistificada. Com menos seis cadeiras é muito mais fácil uma bancada do amém”, disparou.

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