Já são quatro mandatos como presidente e um como vice, em trajetória que ultrapassa mais de 40 anos no Clube Mogiano. Frequentador assíduo e conhecedor de cada detalhe do clube, o médico José Antonio Cirvidiu não se dá por satisfeito e tentará no dia 18 de maio vencer o advogado Geraldo Leite e voltar à frente como presidente. Ele, que encabeça a chapa InovAções e faz parte da atual diretoria executiva, não se acha líder da oposição, mas sim de um grupo que pretende inovar e levar uma gestão mais participativa, naquele que considera um cartão de visita de Mogi Mirim.
Na tarde da última quarta-feira, Cirvidiu atendeu à reportagem em seu consultório com a mesma roupa que horas antes havia acabado de praticar atividades no clube. De bermuda e camisa do Mogiano, detalhou suas propostas, disse o que fará de mudanças e ainda criticou o que acredita ser um clima de terror o que estão fazendo no Mogiano. A psicóloga Silvia Helena Ferrão Silva, candidata a vice-presidente, acompanhou Cirvidiu ao longo da entrevista.
Sócios
Cirvidiu afirma saber o que precisa melhorar dentro do Mogiano. “Eu sei das necessidades do clube, eu escuto e converso com os sócios todos os dias. Um dos motivos da minha saída é que o associado pede uma coisa e estão sendo feitas outras”, opinou.
Uma dessas obras citadas por ele é o novo prédio que abrigará o Departamento de Recursos Humanos. “Por que faz o RH se estamos precisando de salas de aula? O RH já funciona, com instalações de primeiríssima. Tomara que ele (o sócio) perceba essa diferença de posicionamento”, disse.
Propostas
Em caso de vitória, o ex-presidente promete uma série de novidades. Dentre elas melhorias na questão da acessibilidade, com a construção de novas rampas de acesso e a regularização do esgoto junto ao Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae). A academia deve ganhar atenção especial, tanto na troca e manutenção de aparelhos como na parte térmica. São prometidas novas salas para aulas como ballet, jazz e artes marciais, uma piscina aquecida para a terceira idade, implantação do cartão de crédito nos bares, novos quiosques, resgate de shows e festas e a valorização da parte cultural. A criação do Clube das Mães também faz parte das pautas da chapa.
Panorama Político
Assim como Geraldo Leite, Cirvidiu acredita em uma eleição acirrada. “Será bastante disputada, mas acredito que pelo o que fizemos no clube e o conhecimento do associado, a gente ganhe a eleição”.
O médico encara a chapa não como oposição, mas sim de inovação. “Não é oposição, mas de inovações, ouvindo o sócio. Queremos fazer uma gestão participativa, uma gestão voltada para o associado”, comentou.
Divergências
O candidato conta que as divergências com integrantes da chapa da situação tiveram início após a apresentação do projeto de reforma da academia, que levaria ônus ao associado e ao clube. Cirvidiu aproveitou para rebater as declarações de Geraldo Leite, que em entrevista concedida ao O POPULAR, afirmou ter valorizado o sócio e fechado as portas do clube para não sócios. “Vamos voltar ao que era, quem nós autorizávamos (a entrar) era avô, avó, pais, sogro e sogra, os parentes diretos do associado. Isso daí era o que alegrava o clube, era a família lá, que hoje foram impedidos de entrar. Essa história de que conseguiu diminuir o ingresso no clube é balela, porque não entrava mau elemento. Eu sei para quem eu abria as portas do clube”, desabafou.
Terror
Cirvidiu continuou seu desabafo e disse existir um clima de terror criado no Recanto a fim de afetar sua chapa. “Hoje o clima é de terror, no sentido de que se a gente entra cabeças vão rolar, vai se mudar tudo. Não tem fundamento, não há nada de verdade nisso, foram coisas que inventaram. Existe muita fofoca criada lá dentro no sentido de desestabilizar o nosso grupo”, completou
