Com 12 votos, o vereador Jorge Setoguchi (PSD) foi eleito o novo presidente da Câmara Municipal de Mogi Mirim, na primeira sessão legislativa do ano, na manhã de domingo. A eleição foi realizada logo após a solenidade de posse dos 17 parlamentares, do prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB) e da vice-prefeita, a médica Lúcia Tenório (SD).
Além de Setoguchi, os vereadores Cinoê Duzo (PSB) e Moacir Genuário, o Moacir Goleiro (PMDB), também colocaram o nome à disposição para o cargo da presidência. Genuário recebeu quatro votos favoráveis a sua candidatura, enquanto Duzo teve apenas o seu próprio voto.
O novo presidente, o qual pertence à base do governo de Carlos Nelson, irá compor a Mesa Diretora da Câmara, para o biênio 2017/2018, ao lado de Luis Roberto Tavares, o Robertinho (PEN), eleito o primeiro vice-presidente por 11 votos contra seis de Genuário.
Luiz Roberto de Souza Leite, o Chupeta (PSDB), ocupará o cargo de segundo vice-presidente, enquanto Cristiano Gaioto (PP) e Marcos Antonio Franco, o Marcos Gaúcho (PSB), foram escolhidos, respectivamente, como primeiro e segundo secretários. Chupeta e Gaúcho foram eleitos por unanimidade, já que somente eles colocaram o nome à disposição para os cargos. Já Gaioto foi eleito com dez votos contra sete de Marcos Franco.
“Palácio de Cristal”
Em entrevista à imprensa, Setoguchi afirmou que há um consenso entre os vereadores em atender ao anseio da população para que se quebre o contrato de locação do novo imóvel do Poder Legislativo, popularmente conhecido como “Palácio de Cristal”. O prédio foi alugado ao lado da Igreja Matriz de São José, no Centro da cidade, ao preço de R$ 23 mil mensais, pelo período de dez anos.
Segundo o presidente eleito, o Legislativo busca a rescisão contratual de forma cautelosa, uma vez que será necessária uma análise minuciosa do contrato a fim de levantar a viabilidade jurídica e financeira desse rompimento. Em sua página no Facebook, o vereador Tiago Costa (PMDB) fez uma postagem, na segunda-feira, com relação ao assunto e explicou que o objetivo é rescindir o contrato, se possível, sem o pagamento de multa, valor em torno de R$ 600 mil.
A princípio, a ideia é que os vereadores retornem ao antigo prédio da Câmara Municipal, ao lado do Paço Municipal, à Rua José Alves, conforme adiantou Setoguchi. Contudo, o presidente reconheceu que o imóvel, de estrutura antiga, precisa de uma reforma para acomodar os 17 parlamentares e assessores.
Independência
Quanto ao fato de ter sido a aposta do governo Carlos Nelson para a presidência da Casa de Leis, Jorge Setoguchi argumentou que pretende trabalhar por um Poder Legislativo independente, especialmente com relação à votação dos projetos de lei que serão encaminhados pelo Executivo. “Nós vamos botar limite”, reforçou.
O presidente ainda destacou que, embora político, as decisões devem ser norteadas pelo profissionalismo. O eleito encara a presidência não como um desejo ambicioso, mas como uma vontade diante de todo o trabalho que já vinha fazendo dentro da Câmara. “Nem tinha objetivo de ser presidente, mas achei mais um desafio”, finalizou.