Reaberto em outubro de 2015, o Zoológico Municipal está fechado desde o dia 15 de abril. E sem prezo para voltar a abrir suas portas. O motivo está relacionado à falta de funcionários visando manter uma excelência dos serviços no recinto, localizado no bairro do Aterrado. A atual equipe do zoo, formada por 15 pessoas, é insuficiente para prestar um atendimento de qualidade ao público. Para equacionar a defasagem, são necessários, ao menos, mais cinco funcionários, entre seguranças, tratadores de animais e serviços gerais, responsáveis pela limpeza de áreas com os banheiros. Contudo, diante da crise financeira e sem dinheiro para efetivar a contratação de novos profissionais, o Poder Público buscar alternativas que possam viabilizar uma nova reabertura.
Nos últimos meses, o zoológico funcionou de maneira parcial, com aberturas esporádicas e, em algumas ocasiões, motivadas por um “mutirão de funcionários”, emprestados de outras secretarias, para atuação junto à atual equipe. Nos primeiros meses do ano, entre janeiro e fevereiro, problemas na área de passeio, utilizada pelo público, já haviam motivado a interrupção da abertura, em virtude das constantes chuvas, que deixavam os passeios escorregadios.
Desde 15 de abril, o recinto foi fechado ao público para não mais abrir. “Eu não tenho um efetivo que comporte a abertura do zoológico, que dê segurança, que dê condições para as pessoas irem ao banheiro, para poder caminhar lá dentro, receber uma informação, ter um vigia na portaria e de um guarda municipal caminhando e levando segurança (ao público). Eu precisaria, só para abrir, de pelo menos mais cinco funcionários”, detalhou, ao O POPULAR, o secretário de Agricultura, Ivair Biazotto.
Estrutura
A atual equipe de trabalho é formada por funcionários do setor administrativo, veterinário, biólogo e um auxiliar de biólogo para o tratamento e cuidado dos animais. Há ainda uma professora responsável pela educação ambiental. Internamente, as atividades e os cuidados aos 134 animais que vivem no zoológico, entre aves, mamíferos, primatas e répteis, são feitas normalmente, assim como a manutenção do parque. “Independente se está aberto ou não, essa rotina é mantida sem problema nenhum”, frisou.
O secretário ressalta que preza pelo bem-estar e segurança tanto da população como dos animais. “A minha preocupação é com a segurança de quem está lá dentro e a segurança dos animais. Eu prefiro, às vezes, até receber uma crítica por parte da população, mas quando abrir tenho que abrir com segurança para as pessoas circularem lá dentro e garantir a segurança dos animais”, justificou.
Ao ano, a despesa do zoológico gira em torno de R$ 1,5 milhão a R$ 2 milhões, entre pagamento dos funcionários, despesas com alimentação dos animais, que recebem até três refeições por dia, manutenção, água, energia, entre outros serviços.
Iniciativa privada ou concessão são vistas como alternativas
Ciente de que não existe margem financeira para a contratação de novos funcionários, que poderiam ser viabilizados por meio de concurso público, Ivair afirma que a Prefeitura busca alternativas para tentar a reabertura do espaço, como uma possível concessão do recinto, parceria com a iniciativa privada e a adoção de algum espaço no zoológico por empresas, que em troca da exposição de suas marcas, assumiriam as despesas de determinada área.
“Estamos avaliando possibilidades. O importante é que os animais estão lá, sendo bem tratados e o parque bem cuidado”, completou.
