sábado, novembro 23, 2024
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Com o dobro de feriadões durante o ano, economia já liga o sinal de alerta

O brasileiro, em especial, o mogimiriano não terá do que reclamar em relação ao descanso em 2015. O ano que começou na última quinta-feira terá nove feriados prolongados, os chamados feriadões, cinco a mais do que em 2014, já descontando a Confraternização Universal, comemorada na semana passada. Os feriados acontecem no Carnaval, Páscoa, Tiradentes, Dia do Trabalho, Corpus Christi, Dia da Independência, Nossa Senhora Aparecida, Finados e Natal.

No total serão oito feriados nacionais, um estadual, quatro municipais e 10 pontos facultativos no ano.

Dos nove feriados nacionais restantes, dois estão programados para sexta-feira; três em segundas-feiras; dois em terças-feiras; e um na quinta-feira. Dessas datas, 7 de setembro, 12 de outubro, e 2 de novembro, em 2014, caíram aos finais de semana, mais especificamente nos domingos, passando despercebidas pela população, ao contrário deste ano, quando caem em dias de semana.

Em relação aos feriados municipais, o Dia de São José, padroeiro de Mogi Mirim, em 19 de março e o aniversário da cidade, dia 22 de outubro, também serão comemorados em duas quintas-feiras.

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Economia perde

O excesso dos feriadões deve ocasionar pontos negativos para a economia do país, especialmente em dois setores. “É prejudicial, afeta bastante, principalmente o comércio e a indústria. Vai haver uma redução do PIB, que tem uma previsão de crescimento de 0,5%. Isso já é mais um fator para prejudicar esses setores”, explicou a docente da área de finanças e contabilidade do Senac de Mogi Guaçu, Érica Tatiane Furtado.

Para ela, indústria e comércio podem optar por trabalhar ao longo dos feriados prolongados, mas por outro lado, terão que arcar com os custos trabalhistas, como o pagamento de horas extras para os funcionários. Ela estima que a indústria poderia ter um prejuízo de até 8% caso optasse por funcionar e pagar os direitos trabalhistas. Por outro lado acredita que supermercados e outras empresas de serviços, como restaurantes, não deverão sair prejudicados, já que muitas pessoas devem optar por viajar e abastecer o bagageiro com alimentos, bebidas e produtos em geral.

Turismo ganha

Na outra ponta, o setor turístico deve sair ganhando com os feriados e minimizar o cenário registrado em 2014. A Copa do Mundo, em junho, acabou ocasionando um efeito contrário, e ao invés de viagens, muitos optaram por ficar em casa assistindo os jogos. As eleições, em outubro, atrapalharam a recuperação do setor. Débora Semeghini, da Portal Turismo, prevê um amento na procura por viagens, sobretudo para os destinos mais procurados, como estados do Nordeste e capitais sul-americanas, como Buenos Aires, na Argentina, e Santiago, no Chile.

A tese é corroborada em cima da posição da Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV). Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o presidente da entidade, Antonio Azevedo, afirmou que a demanda por viagens em feriados prolongados costuma aumentar de 8% a 14% se comparados a feriados isolados, tendência que deve ser vista este ano.

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