O Laboratório Cristália inaugurou, na terça-feira, dia 6, a planta Farmoquímica Oncológica. A nova unidade industrial do laboratório, instalada no Complexo Industrial para a Saúde, em Itapira, nasce produzindo seis diferentes Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs) de Alta Potência, que serão utilizados para a produção de medicamentos para o tratamento de adenomas, câncer de mama, pulmão, medula, ossos e cérebro. A cerimônia de inauguração contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro e demais autoridades.

Para esta nova conquista, a empresa investiu cerca de R$ 150 milhões com recursos próprios na construção de uma planta produtiva com mais de 3 mil metros quadrados. “O Brasil hoje importa 100% dos insumos para a produção de medicamentos contra o câncer. Isso não apenas torna o país dependente de insumos tão estratégicos, como reduz o acesso dos pacientes a tratamentos de ponta. A Farmoquímica Oncológica Cristália é um grande passo para mudar esta realidade”, define Dr. Ogari de Castro Pacheco, cofundador do laboratório.
O Cristália já conta com uma planta Farmacêutica Oncológica, que produz o medicamento final que chega a pacientes e hospitais. Mas, para a produção desses medicamentos, era obrigado a importar os IFAs.
Líder em pesquisa e desenvolvimento, o Cristália investe cerca de 4% do faturamento anual na criação de novos medicamentos ou tecnologias inovadoras para a saúde. A trajetória do laboratório no segmento Farmoquímico começou em 1983, ano em que foi inaugurada a primeira unidade de produção de IFAs. “O Brasil ainda importa 90% dos IFAs necessários à produção de medicamentos. Nós, do Cristália, já produzimos mais da metade dos insumos que utilizamos. Nossa meta é reduzir drasticamente nossa dependência nesta área”, afirma Dr. Pacheco, ressaltando que a Farmoquimica Oncológica tem planos, inclusive, de exportar estes insumos.
A inauguração da nova planta envolveu intenso trabalho de pesquisa para a escolha das tecnologias mais modernas, seguras e sustentáveis, utilizando equipamentos especiais, adquiridos, em sua maioria, na Alemanha, Suíça e Itália. Devido à alta toxicidade e à sensibilidade dos insumos oncológicos, a manipulação deve ser realizada em ambiente especial que assegure uma barreira física entre os operadores e o processo.
Todo o ambiente é controlado, garantindo extrema pureza da água, ar e com temperatura adequada. A planta também dispõe de um sofisticado e inovador sistema de tratamento de resíduos, com degradação específica dos componentes mutagênicos e genotóxicos, que podem causar mutação ou dano ao DNA celular. A capacidade produtiva é de 6 a 8 toneladas por ano.