Proprietários de papelarias de Mogi Mirim têm em mãos um projeto para a compra de kits de material escolar a alunos da rede municipal de ensino e agora desejam uma reunião com o prefeito Luis Gustavo Stupp (PDT) para apresentação da proposta. A ideia de implementar o projeto na cidade chega dias após a suspensão de um pregão presencial para a compra de 9.500 kits, agendado para a manhã da última quarta-feira, mas que foi adiado após manifestação do Tribunal de Contas do Estado, conforme adiantado por O POPULAR em sua edição de quarta-feira.
O projeto desejado pelos comerciantes já existem em outras cidades do país, inclusive Brasília e seria baseado na formação de uma rede credenciada de papelarias para o fornecimento do material por meio do cartão material escolar. O investimento seria repassado aos pais dos alunos, por meio de créditos inseridos em um cartão específico, com o objetivo de aumentar a participação de papelarias de Mogi Mirim, valorizando o comércio.
No caso, a Prefeitura definiria quando deseja investir, as papelarias montariam a lista e os pais dos alunos poderiam escolher o que comprar dentro dessa lista. Não seria necessária licitação para a compra do material e estaria de acordo com a legislação do país.
“O prefeito, conseguindo nos ouvir, verá que é um projeto bacana, é uma maneira que vimos de não ocorrer fraudes. Muitas cidades estão aderindo, ele (projeto), favorece a economia local”, destacou o proprietário da Mogi Livros, Bruno Ferreira da Silva.
As informações e orientações a respeito das formas de participação, critérios de seleção, preços e as demais orientações necessárias ao processo de credenciamento das papelarias seriam debatidos entre os comerciantes e a Prefeitura.
Prazo
De acordo com a assessoria de comunicação da Prefeitura, o pregão ainda não tem nova data para acontecer e o TCE irá investigar o processo licitatório. Na noite de segunda-feira, proprietários de papelarias compareceram ao plenário da Câmara Municipal para tecerem reclamações contra o pregão presencial.
O grupo não se mostra contrário à realização da licitação, mas sim que ela valorize comerciantes e abra portas para os comerciantes de Mogi. As exigências previstas no edital, o curto período para participação e a suspeita de um possível favorecimento a empresas de fora da cidade foram outros fatores que também motivaram as reclamações.