sábado, novembro 23, 2024
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Como deve ser a relação entre Executivo e Legislativo

Neste mês de fevereiro teve início as sessões da Câmara Municipal de Mogi Mirim. Mais do que o início oficial do ano legislativo, as atividades marcaram o começo de uma nova constituição das cadeiras representativas. Dos 17 vereadores que assumiram uma das vagas na cidade, oito jamais estiveram nesta condição. Ou seja, quase a maioria é formada por estreantes.

E seria visível mesmo aos leigos que resolvessem passar pela Câmara que há mesmo um espírito novo no ar. Não é nem um elogio e nem uma crítica. É apenas a sensação de que há uma aura nova pairando sobre esta nova Legislatura. Os novatos parecem ter chegado com uma gana diferente, meio que já unidos pelos laços da primeira viagem e contagiaram os mais experientes.

Mesmo assim, há sempre um cordão difícil de ser cortado. O vínculo dos vereadores com o prefeito. Na forma pessoal mesmo. As instituições precisam estar conectadas, é fundamental. Mas nenhum e nem outro poder pode se curvar aos desejos do outro. Regimentalmente, cada cargo tem seu rito e esta cartilha precisa ser rezada em cada artigo, em cada inciso.

Enfim, o que queremos enquanto cidadãos é que não haja concordatas. Que cargos e qualquer outros benefícios não sejam colocados no tabuleiro. Sabemos que é difícil pensar em relações genuínas entre Executivo e Legislativo no país do Mensalão do PT e do Trensalão do PSDB.

Os antagonistas de antes, derrubados pelo “Bolsonarismo”, agora observam os adeptos daquele que tanto criticou as atividades rasteiras de seus rivais, fazer o mesmo jogo sujo para garantir a vitória de aliados no Senado e na Câmara. Aqui é o país em que cospem para cima, esperam cair em si e, na cara de pau, dizem que, o que está visível, óbvio e claro não existe.

Que os péssimos exemplos que vieram de lideranças federais e estaduais não recaiam por aqui. Que o bloco heterogêneo eleito em 2020, com vereadores ligados a seis prefeituráveis diferentes, siga um curso independente na Câmara. Que os vereadores não votem amarrados a um vínculo com o chefe do Executivo e nem com revanchismo por vestir outra camisa, deixando o prefeito à mercê e atado para fazer o melhor pelo povo. E que Paulo Silva cumpra exatamente aquilo que tão bem prometeu: ser o prefeito de todos.

E isso significa olhar para os 17 vereadores da mesma forma. Nem como oposição e nem como situação. Nem como mercadorias. Simplesmente como representantes da população, a mesma que o conduziu a seu terceiro mandato. Ninguém consegue, à toa, o status de prefeito de uma cidade como Mogi Mirim por três vezes. Basta fazer jus. E conduzir estes poderes, legitimamente opostos, unidos pura e simplesmente para fazer o bem de Mogi Mirim.

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