A notícia da Independência brasileira somente chegou a Mogi Mirim 19 dias depois, em virtude dos precários meios de comunicação da época. Um ofício do Senado da Corte do Rio de Janeiro comunicou a extraordinária notícia, escrevendo sobre “a aclamação do nosso primeiro Imperador Constitucional do Brasil” e convidando os vereadores mogimirianos a promover festividades, celebrando o acontecimento e com a participação do povo e autoridades em geral.
Em Mogi Mirim todos ficaram surpresos com a notícia da libertação do jugo português com a Independência do Brasil. Na época, a Câmara Municipal de Mogi Mirim estava assim composta: juízes ordinários — João Baptista de Andrade e Francisco da Silveira Franco; vereadores: Joaquim Rodrigues Leme, João Gonçalves Teixeira, Joaquim José Pires e Baltazar de Moraes Franco; procurador – Pedro Lourenço Lima e Juiz de Órfãos – Capitão Venâncio Maria Torriani (avô do lendário Coronel Venâncio).
Deve-se esclarecer que, há 200 anos, em 1822, as Câmaras tinham atribuições contenciosas e a maior autoridade do município era João Baptista de Andrade, que além de presidente da Câmara, exercia funções legislativas, executivas e judiciárias. Ou seja, em suas mãos estavam os três poderes, uma atribuição muito maior que a concedida aos atuais prefeitos.
João Baptista de Andrade administrava na época o imenso município de Mogi Mirim, com cerca de 40 mil quilômetros quadrados e divisando com o Rio Atibaia até o Rio Grande, limitando com o Triângulo Mineiro. Foi o maior município paulista e, atualmente, nessas terras, existem 112 municípios e uma população total com cerca de 4 milhões de habitantes!
A Câmara e os habitantes de Mogi Mirim, a partir do recebimento da notícia da Independência do Brasil, passaram a apoiar o novo governo imperial de D. Pedro I, abandonando as ideias colonialistas. No dia 12 de outubro de 1822, a cidade promoveu extraordinários festejos em regozijo pela Independência, conforme constatou em ata da Câmara.
Aconteceram “repiques de sinos, queima de fogos, descargas da Companhia de Ordenanças”. Também houve missas de agradecimento e solenes ofícios religiosos na Matriz de São José, conduzidos pelo Vigário da época, o padre Francisco Emigdio de Toledo, dando graças a Deus pelo acontecimento. Milhares de mogimirianos participaram dessas comemorações, com o povo gritando vivas pelas ruas da cidade. Todas essas informações têm como fonte as atas da Câmara.
Foi assim que Mogi Mirim comemorou, há 200 anos, o 7 de setembro de 1822. E há exatos cem anos, no dia 7 de setembro de 1922, Mogi Mirim celebrou com grandes festividades o Primeiro Centenário da Proclamação da Independência do Brasil. Uma das realizações dessa época foi o plantio do Círculo de Palmeiras Imperiais, na Praça Rui Barbosa. Essas palmeiras ainda existem e completam um século em 2022, no dia 7 de setembro.
Túnel do TEMPO
Em 12 de outubro de 1822, os mogimirianos, em meio a festas e abraços, foram assistir missa e ofícios religiosos na Matriz de São José e conforme constou em ata da Câmara Municipal – “resolvem ir à casa de oração dar graças a Deus por esta inesperada regeneração, a Independência do País”.
Preceitos Bíblicos
“Toda amargura, irritação, cólera, gritaria, injúrias, tudo isso deve desaparecer do meio de vós, como toda espécie de maldade. Sede bons uns para com os outros, sede compassivos, perdoai—vos mutualmente como Deus vos perdoou por meio de Cristo”. (São Paulo aos Efésios 4,31-32)
Livros – História de Mogi Mirim e Região
Mogi Mirim, nascida da bravura dos paulistas | 512 páginas e 42 fotos
A escravidão e o abolicionismo Regional | 278 páginas e 56 fotos
Memórias Mogimirianas | 260 páginas e 47 fotos
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