Com milhares de veículos circulando todos os dias e vagas nas ruas ficando cada vez mais escassas, empreender no setor de estacionamentos parece atrativo. O número de carros nas ruas cresceu bastante nos últimos anos com os incentivos à indústria automobilística. De acordo com dados do Sindepark-SP, somente na cidade de São Paulo há pouco mais de 500 mil vagas em garagens e estacionamentos que atendem por mês 60 milhões de veículos. São Paulo é apenas o exemplo mais evidente de mercado. A mesma situação, em escalas menores, ocorre nas grandes e médias cidades do país.
Quando uma demanda forte como essa encontra um estabelecimento bem localizado, as chances de sucesso já aumentam significativamente. Uma boa localização é aquela que permite acesso fácil, com grande fluxo de pessoas e nas proximidades dos polos geradores de público: bancos, supermercados, shoppings, terminais de transporte público, aeroportos, faculdades e hospitais.
“O que o empreendedor tem que ter em mente desde o primeiro momento é que o estacionamento é um negócio dependente de outras atividades comerciais. Por isso, o estabelecimento deve estar localizado de maneira bem visível a quem passa pelo local”, diz o presidente do Sindepark, Marcelo Gait.
Justamente por conta dessa condição, os empreendedores devem estar atentos ao preço do aluguel praticados pelos imóveis na região. Segundo Gait, o aluguel pode comprometer até 50% do faturamento de uma empresa. Também é preciso verificar se a faixa de renda do público local é compatível com o serviço prestado. Além disso, é importante verificar se a demanda pelo uso do carro na região é contínua.
Uma vez observados todos esses detalhes, o novo empresário deve se preocupar com a qualidade de seu estabelecimento. Apólices de seguros contra furto, roubo, incêndio e acidentes devem ser acompanhados de um sistema eficiente de informações. Os clientes devem ser avisados das responsabilidades da empresa e os contatos dos estabelecimentos já no tíquete de entrada. A tabela de preços também deve estar disposta de uma maneira clara e visível para permitir uma escolha consciente por parte do motorista na hora de decidir onde parar o seu carro.
Uma pesquisa encomendada pelo Sindepark em 2015 constatou que mais de 86% dos usuários do serviço se preocupam em saber se o estacionamento tem seguro. “Este é um dado que mostra que os clientes estão preocupados com a qualidade do serviço prestado e com as responsabilidades do estabelecimento”, afirma Gait.
Um estacionamento que cumpre suas obrigações também deve ter vagas para idosos e deficientes, conforme prevê a legislação, além de profissionais capacitados, manobristas habilitados, treinados e identificados com crachá, regras que fazem grande diferença. As empresas sérias do setor de garagens e estacionamentos são responsáveis por quase 30 mil empregos diretos somente na capital paulistana.
Quem prefere sair de casa de carro e usar o serviço de um estacionamento pago o faz pela segurança e pela rapidez, diz a pesquisa encomendada pelo Sindepark e realizada pela Hora H Pesquisa. O estudo revelou, entre outras coisas, que mais de 99,71% dos usuários se sentem seguros ao deixar o carro num estacionamento. Entre os mensalistas, este número é de 100%.
Fonte: Sindepark