Pela segunda semana seguida Mogi Mirim investiga o segundo caso suspeito de morte de uma pessoa de fora da cidade por febre maculosa. Trata-se de um homem de 55 anos, funcionário dos Correios.
Morador de São Carlos, ele esteve em Mogi a trabalho no final de novembro. Já em casa, começou a sentir os sintomas, foi internado na Santa Casa são-carlense, recebeu alta, continuou mal, foi levado para o Hospital da Unimed e veio a óbito no dia 1º de dezembro.
Sua morte segue em investigação, assim como da menina de 10 anos que faleceu no dia 29 de
novembro, também por febre maculosa, conforme atestado médico.
Em comum, os dois casos são de pessoas de fora da cidade, que passaram pelo Complexo Lavapés, o Zerão, e teriam sido picados pelo carrapato estrela, transmissor da doença, aqui. A menina era moradora de Sumaré.
As famílias das vítimas cobram providências da Vigilância Epidemiológica de Mogi Mirim.
Semanas atrás a Prefeitura confirmou a morte de um homem de Mogi Mirim, de 50 anos, criador de cavalos, por febre maculosa.
Cavalos e outros animais, como capivaras, são hospedeiros do carrapato transmissor da doença. Aliás, o Zerão é bastante frequentado por esses mamíferos.
Outro lado
Os secretários de Saúde, Clara Carvalho, e de Meio Ambiente, Oberdan Quaglio, acompanhados pela gerente de Saúde, Vivian Delalibera, estiveram na Câmara Municipal esta semana para prestar esclarecimentos.
Clara pontuou que o problema não são as capivaras ou outros animais. Porque os carrapatos transmissores vivem no chão, na grama e se hospedam nos animais para se alimentarem e se reproduzirem.
“É muito importante a pessoa que frequenta o Complexo Lavapés, como outros locais com grama na cidade, se examinarem ao deixarem o local e se encontrar um carrapato no corpo tirá-lo com cuidado, com uma pinça, por exemplo”, disse ela.
Clara informou ainda que o município registrou desde o início do ano outros quatro casos suspeitos de febre maculosa. Todos descartados.
Oberdan disse que a principal medida será fechar o acesso das capivaras no Zerão, a fim de reduzir a população de carrapatos no local. Já foram instaladas placas informativas e com orientações sobre os cuidados que cada um deve ter.
Cura
Os dois enfatizaram que a febre maculosa tem cura e que é importante tratá-la logo no aparecimento dos primeiros sintomas – febre, dores musculares e de cabeça, náuseas e vômitos, diarreia, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés.