O crédito consignado é uma das modalidades de empréstimo com as menores taxa de juros do mercado financeiro. Destinado, especialmente, a aposentados, pensionistas do INSS e servidores públicos, o consignado tem crescido em procura e adesão no Brasil.
Conforme dados do Banco Central (BC), desde setembro a modalidade registrou a maior alta em outubro com uso desse recurso, saltando de R$ 148 bilhões para R$ 155 bilhões. A concessão, no entanto, disparou 65,3%, ou seja, de R$ 7,4 bilhões em setembro para R$12,2 bilhões em outubro.
O empréstimo para aposentados representa uma alta bastante expressiva, especialmente porque foi registrada uma intensa queda nas concessões de crédito consignado para servidores públicos (recuo de 16,8%) e para trabalhadores privados (modalidade de consignado privado, -1%).
Nesse cenário, as concessões de consignado para aposentados destoam.
De acordo com Fernando Rocha, chefe do Departamento de Estatística do BC, “sempre foram de uma média de R$ 8,2 bilhões por mês”.
“Uma causa possível para o crescimento atípico de mais de 65%, é a medida regulatória que aumentou a margem consignável, de 30% para 35% com carência de 90 dias para pagamento da primeira parcela”, destaca o especialista.
Rocha reforça que a mudança na legislação motiva novas solicitações e concessões de crédito.
“Tendo acesso a um crédito adicional, ao longo do tempo, os usuários que pegaram crédito no passado e foram pagando suas dívidas, são estimulados a pegar mais crédito”, esclarece.
É interessante destacar, ainda, que outros tipos de empréstimos, além da modalidade consignada, também estão em amplo crescimento no país.
O BC revelou que houve um salto de 2,1% em setembro para 2,4% em outubro nos empréstimos pessoais, movimentando R$ 10,2 bilhões em agosto, R$ 11,6 bilhões em setembro e R$ 10,8 bilhões em outubro. (Da Redação)