domingo, abril 20, 2025
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Conheça a cidade de Araxá, em Minas Gerais – Parte I

A cidade de Araxá é um importante polo turístico e econômico de Minas Gerais e fica a 440 quilômetros de Mogi Mirim, alcançando por ótimas rodovias até a divisa. Depois, fica um pouco ruim. Mas nada que seja desesperador e tire a recompensa de uma visita nesta cidade.
Araxá foi uma importante rota dos bandeirantes com destino a Goiás, sendo assim é uma cidade recheada de história, lendas e causos que, se você começar a ouvir, não quer mais parar. Hoje, vamos falar um pouco da cidade e de alguns atrativos, digamos, urbanos. Lugares que você pode apreciar sem a necessidade de se deslocar da cidade. Primeiro, e algo que me intrigou, é o nome da cidade. Araxá, pela língua indígena local, significa onde primeiro se avista o sol, o que é estranho, pois a cidade não está tão a leste assim (mas, se os índios araxás deram este nome, que assim seja). A catedral da cidade é em homenagem a São Domingos; ela é grande e bonita, sendo uma igreja de torre única e estilo neoclássico, sobressaindo-se na bela paisagem ao seu entorno. Ela foi construída em 1917 e está, portanto, com 100 anos. A visitação pode ser feita fora de horários de missa e vale muito a pena, pois tem pinturas lindas em seu interior. Defronte à igreja e uns quarteirões abaixo, há um belo canteiro central, largo e bem cuidado, que te leva ao teatro municipal, com uma bonita obra arquitetônica e quase em frente ao memorial de Araxá. Uma casa do século XIX, toda restaurada que guarda um rico acervo das famílias que fizeram e ainda fazem Araxá ser uma cidade próspera. Imperdível. Lá você vai ver muitos dos utensílios utilizados nos séculos anteriores ao nosso e uma variedade de fotos de época. É voltar ao passado e reviver a sociedade araxense. Neste local, paga-se R$ 10 por pessoa que lhe dá direito a ingresso no museu Calmon Barreto, que é bem próximo e reúne o acervo do artista que dá nome ao museu. Rico em esculturas.
Um local que talvez desperte mais atenção nesta região central, mas infelizmente estava fechado para reforma, é o Museu Histórico de Araxá Dona Beja. Um casarão típico do século XIX, com um acervo muito interessante de objetos pessoais que pertenceu à Dona Beja. Pena estar fechado.
O centro de Araxá encontra-se em um vale e, aproveitando esta topografia no morro oposto ao da igreja matriz, encontra-se o parque do Cristo Redentor. Lindo. Uma área muito bem cuidada, com excelente estrutura para o turista e de lá você tem uma vista panorâmica da cidade. Muitas árvores, corredores, bancos e muitos pássaros te cativam a ficar por ali um bom tempo. Você pode chegar ao Cristo por dois caminhos, sendo que um deles é um subindo uma escadaria, grandinha por sinal, que te leva aos pés do monumento. Para quem gosta de manter-se em forma é uma ótima opção. A segunda opção é por uma avenida lateral que te leva na parte de cima do parque, na portaria principal. A vantagem deste trajeto é que você, no caminho, vai passar pela árvore dos enforcados. Uma árvore mais que centenária utilizada para enforcar escravos revoltosos que fugiam e eram capturados. Está seca, sem folhas e de uma aparência triste. Lamentável episódio de nossa história e que parece que esta árvore, ainda em pé, faz questão de mostrar isto em sua aparência. É um lugar histórico, mas muito triste. Semana que vem tem mais. Até lá.

Erika Rodrigues e Marcos Leandro

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