sexta-feira, novembro 22, 2024
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Consciência através das torneiras

A escassez da água em todo o Estado de São Paulo, sem dúvida, preocupa não só os governos, mas toda a população, que é a principal afetada quando falta esse bem tão essencial às famílias brasileiras. Não é novidade que o debate e as discussões para a solução desse tipo de problema surjam apenas quando a situação já é crítica. A saída é se antecipar à emergência.

Mogi Mirim, segundo o presidente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), Celso Cresta, não corre o risco de racionar água. A justificativa é de que a captação da água é feita através de uma represa hidrelétrica, que normalmente dimensiona o reservatório para longos períodos de estiagem, que podem durar até quatro anos.

A declaração dada ao O POPULAR em abril deste ano pode até tranquilizar os que aqui vivem, mas não deve ser utilizada como razão para uma utilização desenfreada de água, afinal, ela é uma só e é um bem do qual todos têm direito. Em fevereiro, várias cidades da região adotaram medidas para a economia de água, como Mogi Guaçu, Jaguariúna, Pedreira, Artur Nogueira, dentre outras.

Um projeto da EPTV Campinas em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), intitulado “Use e Reduza”, que promove a competição entre equipes, é uma boa opção para estimular o consumo consciente nas casas dos alunos dos sextos anos das escolas estaduais que participarão do projeto.

Cada um deverá levar uma conta de água da própria casa e ao fim da competição, em quatro meses, serão vencedoras as salas de aula que registrarem maior economia e diminuírem o consumo de água. O projeto acerta especialmente pelo dinamismo ao incentivar um amigável senso de competitividade entre equipes de jovens, que assim estarão integrados, podendo propiciar discussões saudáveis entre uma fatia da população que na maioria dos casos dificilmente discutiria de forma espontânea uma questão ambiental. Ao incentivar a disputa como uma espécie de brincadeira, o envolvimento dos jovens acaba sendo mais ativo e o projeto pode deixar um legado para a comunidade.

Envolvê-los em programas ambientais é uma forma de implantar em cada um sua responsabilidade como cidadão. Através deles é possível repassar a seus pais e familiares, como verdadeiros disseminadores, que não é necessário desperdiçar água para lavar calçadas, veículos, que é possível escovar os dentes e tomar banho de forma consciente e com respeito ao meio ambiente.

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