A Casa da Criança de Mogi Mirim, que fica localizada à Rua Marciliano, no Centro, recebeu nesta semana o projeto Contos e Caraminholas, realização da Jatobá Cultural de Campinas, para uma atividade de contação de história para as crianças. A atividade é capaz de despertar nos pequenos a atração pelos livros e histórias. Por isso, inspirado na atividade, hoje O POPULAR lhe faz a seguinte pergunta: você lê para seus filhos? Sobrinhos? Amigos? Alunos? Se não lê, veja como as crianças que mantêm contato com os livros se empolgam e se tornam mais criativas, com base na atividade realizada pela contadora Mariana Campos.
A expectativa: silêncio
Sentados e quase que encostados na parede de uma das várias salas da Casa da Criança, cerca de vinte crianças na faixa de cinco anos aguardavam ansiosamente pela contadora de histórias. Ela chegou com roupas coloridas, maquiagem, lenço no cabelo e botinhas e logo se aproximou das crianças, se apresentando como uma montanhesa, por conta de ter descido as montanhas – em que suspostamente habitaria – para contar uma história para os pequenos.
A proposta do projeto é contar histórias que sejam folclóricas e populares e, por isso, a cada atividade Mariana, que também é professora de Letras, escolhe um conto diferente. Desta vez, ela escolheu um conto presente na obra O Violino Cigano e Outros Contos de Mulheres Sábias, da autora Regina Machado, e o nome dele era Mais inteligente que o rei, um conto turquestano.
Durante a contação: a aproximação e a criatividade
Se antes elas estavam sentadas quietinhas e praticamente encostadas na parede, bastou Mariana iniciar a contação e dar espaço para que eles interagissem que logo os pequenos começaram a expor seus pensamentos. A exposição de ideias também foi acompanhada do movimento de seus corpos e logo as crianças ficaram bem próximas a ela: curiosas, queriam responder os enigmas presentes no conto.
Ao propor para as crianças que respondessem os enigmas, a contadora recebia respostas mais variadas e criativas. Não havia espaço para qualquer julgamento e Mariana ouvia cada resposta com muita atenção.
Criatividade a mil: pensamentos em ebulição
Os enigmas presente no conto chamaram bastante atenção das crianças, que colocaram os pensamentos em ebulição. Em um dos enigmas, a contadora questionava a quantidade de estrelas no céu e as crianças não tiveram dúvida: no total, para elas, o céu era composto por cinco estrelas e no máximo por sessenta mil – nada mais! Quem podia imaginar que seria mais?
Outro enigma dizia que para onde os personagens iriam não era possível entrar nem com roupa e nem sem roupa. Sem dúvida alguma, para algumas crianças, o momento era de usar uma roupa invisível. E porque não?
E se não é possível chegar a pé e nem de cavalo, a sugestão do pequeno era entrar de camelo! Ora bolas!
Trechos como os citados acima demonstram o quanto as crianças são criativas e a necessidade de realizações de atividades como a contação de histórias, que instigam a imaginação e o gosto pelos livros, além de outros benefícios.
A despedida da montanhesa: duende e selfie
A contadora ao finalizar a história também proporcionou às crianças o contato com outro tipo de arte: que é a pintura. Os pequenos receberam atividades e lápis de cor e tiveram tempo para colorir seus desenhos.
A despedida contou com ligação de um duende para montanhesa, que disse ao atender o celular que precisava ir embora para fazer almoço para seu ajudante. E sabe o que as crianças pediram diante do telefonema? Para ver um selfie do duende ou mandar uma foto pelo WhatsApp
Depois de ler, responda: como você incentiva as crianças ao seu redor?