A Santa Casa de Misericórdia de Mogi Mirim aderiu na última quinta-feira ao protesto nacional das santas casas e unidade beneficentes de todo o país. Chamado de Dia Nacional de Luto pela Crise das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, o movimento suspendeu o atendimento eletivo em todas as instituições no setor. São cobradas melhorias no setor filantrópico e no Sistema Único de Saúde (SUS). Os profissionais da Santa Casa de Mogi vestiram a cor preta, que representava o luto pela saúde nacional, e penduraram uma faixa na entrada da Unidade de Atendimento Não Agendado (Uana).
O protesto, de forma simbólica, persistiu ao longo de toda a quinta-feira. Na ocasião, a Santa Casa remarcou três cirurgias eletivas, que estavam agendadas para o dia, segundo a assessoria de comunicação da unidade médica. Os atendimentos de urgência e emergência foram mantidos. A Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado de São Paulo (Fehosp) informou que em todo o Estado de São Paulo, cerca de 300 unidades associadas à federação aderiram ao movimento.
Em outras cidades, como Valinhos, o movimento também foi realizado pelos funcionários da Santa Casa. No município, não foram realizadas cirurgias eletivas, que também foram remarcadas.
Para a Fehosp o objetivo do protesto foi conscientizar a todos sobre o insuficiente recurso de custeio alocado e o crescente endividamento das instituições. A entidade relata que o déficit financeiro não tem perspectiva de solução próxima.