Maior ato político da história do Brasil, a manifestação popular contra o governo de Dilma Rousseff, o Partido dos Trabalhadores (PT) e o ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, no último domingo, foi responsável por mobilizar o país e levar para as ruas milhões de pessoas. Mogi Mirim não ficou de fora, e cerca de 600 pessoas, segundo estimativas dos organizadores do evento, vestidas de verde, azul e amarelo, mostraram sua indignação e protestaram contra o rumo político tomado pelo país.
Na pauta das reclamações, além de Dilma e Lula, pedidos pelo fim da corrupção, exaltação ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, e críticas à classe política como um todo.
Os primeiros mogimirianos começaram a chegar à Praça 9 de Julho, a do Half, por volta das 12h. Faixas e cartazes eram produzidos no próprio local. Com o passar o do tempo, o movimento foi ganhando ainda mais adeptos e colorindo o local. Uma hora mais tarde, os manifestantes, de forma pacífica, partiram em caminhada pela Rua Padre Roque em direção à Praça Rui Barbosa.
Ao longo do trajeto, gritos de guerra, como “Fora PT”, “A Nossa Bandeira Jamais será Vermelha”, em alusão à cor do partido de Dilma e Lula, e faixas exaltando o juiz Sérgio Moro e pedindo a prisão de políticos ligados a casos de corrupção.
Muitas buzinas e apitos podiam ser ouvidos na caminhada. Um grupo de agricultores levou até tratores com faixas pedindo a saída de Dilma para as ruas.
Na chegada à Rui Barbosa, após contornarem a praça, o grupo se posicionou nas escadarias da Igreja Matriz de São José, onde o hino nacional brasileiro foi entoado a plenos pulmões.
Pelo país
Em todo o Brasil, segundo os organizadores, 6,8 milhões de pessoas foram às ruas, número superior ao informado pela Polícia Militar, de 3,6 milhões. Os manifestantes marcaram presença em 326 cidades, em todos os estados e no Distrito Federal.
Seja em qualquer um dos levantamentos, o número supera a maior manifestação já registrada no país, em março do ano passado, quando foram 3 milhões nas ruas, segundo os organizadores, e 2,4 milhões, segundo a Polícia Militar.