Exatos 130 pacientes serão beneficiados com o convênio assinado pela Prefeitura de Mogi Mirim com a Santa Casa de Mogi Guaçu para a realização de cirurgias ortopédicas com próteses. Pelo acordo, o município repassará R$ 421 mil para a irmandade guaçuana para a compra das próteses. Posteriormente, a Santa Casa do município vizinho fará os procedimentos cirúrgicos, cujas despesas serão custeadas com recursos do SUS (Sistema Único de Saúde). A previsão é de iniciar as cirurgias no máximo em 10 dias.
Os 130 pacientes beneficiados já possuem a indicação médica para o procedimento e autorização do SUS para a cirurgia. Desse total, 98 colocarão próteses de joelho e outros 32 de quadril. As próteses terão um custo de R$ 421.537,09 e os valores para essa finalidade virão de duas frentes: R$ 280 mil de recursos próprios da Secretaria Municipal de Saúde e R$ 141.537,09 de emendas impositivas da Câmara Municipal, sendo R$ 96.537,09 destinados ao município pela vereadora Lúcia Tenório (Cidadania) e R$ 45 mil da vereadora Joelma Franco da Cunha (PTB).
A secretária de saúde, Clara Carvalho, disse que o convênio foi a saída encontrada para sanar essa demanda reprimida, uma vez que o SUS não cobre os valores das próteses. Além disso, o cenário foi agravado pela pandemia da covid-19. A espera, segundo ela, é longa, informando que o primeiro paciente com pedido de cirurgia aguarda pelo procedimento desde dezembro de 2015. “A Santa Casa de Mogi Guaçu é referência na alta complexidade ortopédica e consegue um preço melhor comprando em maior quantidade”, apontou.
O convênio firmado entre a Prefeitura de Mogi Mirim, por meio da Secretaria de Saúde, e a Santa Casa de Mogi Guaçu foi autorizado pela Câmara Municipal na lei nº 6474. A assinatura aconteceu no gabinete do prefeito Paulo de Oliveira e Silva (PDT) e contou ainda com as presenças do administrador da Santa Casa de Mogi Guaçu Aldomir Arenghi, do provedor do hospital, Romildo Fontaniello, da gerente de Saúde de Mogi Mirim, Patrícia Santon, da vereadora Lúcia Tenório e do chefe de gabinete Mauro Nunes.
O prazo de duração do convênio é de 120 dias, mas a expectativa é finalizar as 130 cirurgias antes desse período. “Estamos trabalhando com os médicos para que os procedimentos sejam finalizados até o final de outubro. Todos estão empenhados para isso”, adiantou Aldomir. Para dar cumprimento ao convênio, os pacientes serão chamados para avaliações e exames pré-operatórios.
Além disso, a Santa Casa precisa fazer a programação de uso do Centro Cirúrgico e da disponibilização de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para os procedimentos de quadril. Por essa razão, a prioridade será para as cirurgias de joelho, já que não necessitam de internação em UTI no pós-operatório.