* Por Maria Zélia Dias Miceli
Se, por um lado, fica claro que as sociedades contemporâneas vêm sendo moldadas de acordo com as regras da sociedade global, por outro, tenta-se decifrar o papel do homem que se forma e ocupa o seu espaço enquanto cidadão no mundo sacudido por tantas transformações.
O impacto que a tecnologia vem, ano após ano, causando no mundo nada mais é que novas formas de aproximar, interligar e até mesmo unificar os povos, não importando idioma, etnia, classe ou faixa etária. O homem descobriu um novo modo de se relacionar com o mundo – a realidade virtual.
Por meio de dispositivos que transmitem ao usuário as palavras, as imagens, os sons e as sensações dos mundos simulados, é possível atuar, mover-se e comunicar-se por um computador de forma similar com o que se faz na vida cotidiana. A ideologia do presente contexto reflete um mundo interligado política, social e economicamente, a partir das Tecnologias de Informação e Comunicação – TIC.
No que se refere à educação, deve-se caminhar paralelamente ao desenvolvimento das tecnologias para aplicar, de maneira mais rápida e precisa, o conhecimento científico buscando solucionar os problemas de aprendizagem humana. É a informação a responsável por diversos componentes na sociedade como religião, cultura, ciência, política, economia e muitos outros. Por conta dela, temos mais facilidade de aprendizado. Dessa forma, as tecnologias devem agir diretamente no perfil de nossos educadores e educandos, globalizando o conhecimento e a informação que deixam de ser individuais e passam a ser coletivos.
Sendo assim, as tecnologias e as redes sociais digitais constituem-se como novas formas de poder e de influência na vida contemporânea, afetando a forma como é construída a nossa sociabilidade, os modelos de conhecimento e de acesso à informação e à comunicação.
Portanto, o aumento das tecnologias da comunicação e informação impulsiona ainda mais o processo de mudança comportamental no Brasil e no mundo. Isso acontece porque todos os envolvidos com essas alterações têm que se adaptar a elas para se estabelecer no mercado ou na vida de um modo geral. Sendo necessária uma educação para o digital, que proporcione o exercício de uma cidadania digital.
(*) Maria Zélia Dias Miceli é educadora e gestora do eixo de Educação da Liga Solidária (SP)