Com a vida útil praticamente esgotada e com carência de espaços para enterros, o Cemitério Municipal deverá ser ampliado nos próximos meses. Ao O POPULAR, a Prefeitura, através de sua Assessoria de Comunicação, informou que estuda a ampliação do campo santo, localizado em uma área na Avenida da Saudade, no bairro do Tucura, para os próximos meses. A ideia é aumentar o cemitério para o terreno atrás do espaço, de propriedade do Poder Executivo, às margens da Avenida 22 de Outubro e nas proximidades do Bar do Zé Mendes. Para isso, seria necessária a construção de um muro, ainda sem tamanho definido devido ao projeto de duplicação da avenida, em análise por parte do Poder Público.
O muro teria custo estimado em R$ 170 mil, segundo a Administração Municipal, mas diante da falta de recursos financeiros em virtude da crise econômica, para colocá-lo em prática, será preciso a abertura de um edital de licitação para escolha de uma empresa responsável pelo serviço. A expectativa da Prefeitura é dar início ao processo no mês de abril. Paralelo a isso, o Executivo trabalha com a proposta de demolir o columbário.
Em conjunto, as secretarias de Obras, Habitação e Serviços e a de Planejamento analisam o espaço necessário para a ampliação, e o possível projeto de duplicação. “A ideia é ampliar para ganhar um pouco mais de vida útil enquanto se pensa em um plano B”, frisou a Administração Municipal.
Em relação ao Plano B para a utilização de novos espaços para enterros seriam necessárias a aquisição de um novo terreno e aprovação da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, a Cetesb, que é ligada à Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Em janeiro, a Prefeitura destacou que este é um momento de dificuldade administrativa e financeira na gestão de Carlos Nelson Bueno, o que pesa contra a possível mudança para uma nova área
A reportagem esteve no cemitério nesta semana e pôde notar a falta de locais para enterros. O espaço onde ainda são abertas covas para os sepultamentos e o muro que faz divisa com a área verde atrás do cemitério é mínimo. Um funcionário ouvido pela reportagem afirmou que diante da atual situação, acredita que a vida útil do campo santo comporte enterros, em no máximo, um ano.
Carneiras
Entretanto, independente da questão, a Prefeitura informou que abrirá mais uma carrilha de carneiras, espaço para novos túmulos, visando garantir a maior quantidade possível de sepultamentos. Porém, não foi informado quantas unidades serão construídas, tampouco o prazo para que estejam à disposição dos munícipes. Para se ter uma ideia do espaço necessário, a secretaria analisa a média de sepultamento dos últimos anos a fim de se medir por quanto tempo a atual área do cemitério ainda comportará enterros.
Columbário poderá ser demolido
Simultâneo ao processo de construção tanto das carrilhas como ampliação do muro, a secretária de Obras, Habitação e Serviços, Renata Furigo, aguarda uma autorização da Secretaria de Negócios Jurídicos para a demolição do columbário, espaço dentro do cemitério utilizado para o depósito das cinzas dos mortos após a cremação dos cadáveres. Com isso, ganharia mais uma área para enterro, e aumentaria a vida útil do cemitério.
O local foi embargado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) por não atender a legislação ambiental, e não vinha sendo utilizado. Segundo a Prefeitura, existe apenas uma ossada no espaço. Não existe interesse do Poder Público em manter a área. Com a retirada do columbário, o campo santo ganharia mais jazigos. A Prefeitura não estabeleceu prazo para que a possível demolição seja realizada.