O ano político de Mogi Mirim terminou, oficialmente, no dia 28 de dezembro. Em meio ao recesso dos servidores públicos municipais, a cidade recebeu a visita do secretário estadual de Educação, Rossieli Soares. O evento no Centro Cultural reuniu vários membros da alta cúpula do Executivo local, um número elevado de vereadores, além de representantes de diversas cidades, incluindo o prefeito de Águas de Lindóia, Gil Helou.
O deputado estadual Barros Munhoz também marcou presença, o que foi rotina em 2021. O parlamentar, aliás, tem repetido um discurso interessante. Ele tem feito elogios à política mogimiriana por deixar de lado ideologias e egos partidários e pessoais na busca por melhorias à cidade.
Diz que vai convidar o presidente Jair Bolsonaro, o ex-presidente Lula, o governador João Doria e o presidenciável Ciro Gomes (entre outros) para visitar Mogi Mirim e ver como é que se faz política. Muito do discurso do deputado está ligado à sua própria relação com a atual administração. Afinal, em 2020, apoiou o então prefeito Carlos Nelson Bueno, derrotado por Paulo Silva nas urnas.
Porém, logo nas primeiras semanas de gestão do pedetista, se apresentou como um aliado e esta relação, muito solidificada pela boa relação do socialista com Maria Helena Scudeler de Barros, secretária municipal de Relações Institucionais, tem gerado frutos à cidade.
O curioso é que os burburinhos após estes discursos de Munhoz sempre recaiam no que alguns chamam de incoerência, já que ele critica nomes que se opõem em nível federal por não se alinharem pelo bem do povo, mas pouco se vê de movimento nesta direção do próprio Munhoz com o seu grande rival local. Na vizinha Itapira, o deputado e o atual prefeito, Toninho Bellini, não se bicam. Será que veremos uma trégua histórica em 2022? Seria positivo e sinal de novos rumos – não só no discurso – para a política regional.
Uma política que carece de novas lideranças, já que Munhoz, CNB e Walter Caveanha, ex-prefeito de Mogi Guaçu, e integrantes da última lista de mogianos a beliscarem uma cadeira de deputado (mesmo que em suplência), são nascidos entre 1940 e 1949. Com todo o peso da história que construíram, não é possível vislumbrar a presença deles em uma Alesp, por exemplo, lá por 2030. E oito anos voam…
É por isso que 2022 é um ano de muita atenção. Novos nomes querem emergir. Nomes antigos querem se manter. Todos têm seus prós e contras, não duvidem disso. O que esse grande vácuo gerou, porém, é a abertura para que deputados e potenciais candidatos, de outras regiões, ganhem espaço por aqui. E isto incluiu o próprio Rossieli, que não veio a Mogi Mirim apenas para anunciar a construção de uma nova escola e reformas em outras. A corrida eleitoral 2022 já começou e ficar em alerta com os movimentos, discursos e tudo mais faz parte da nossa obrigação enquanto selecionadores.