Esta semana, a Comissão Par-lamentar, que investiga o vereador Samuel Cavalcante (PL) por prática de rachadinha de salário com um ex-assessor parlamentar, ouviu testemunhas de defesa e o próprio acusado.
“Vamos definir agora se será necessário fazer diligências ou ouvir mais alguém para, então, notificar o Samuel a ratificar sua defesa, por escrito, para a comissão e daí, sim, darmos encaminhamento ao julgamento do caso”, disse o vereador Jorge Setoguchi (PSD), presidente da CP.
Exatamente um mês atrás, no dia 25 de maio, com a “CP da Rachadinha” sub-judice e o prazo decadencial para o julgamento do caso caducado, o vereador Cavalcante enchia o peito para desafiar seus adversários a provarem sua culpa.
“Jorge [Setoguchi], Maria Helena [MDB] (…). Covardes. Provem que eu fiz rachadinha? Covardes!”, desabafou Samuel, poupando o vereador Magalhães (PSDB), relator da comissão. Naquele momento, a Processante estava morta.
Mas, no último dia 17, a Justiça retificou a liminar concedida ao réu, ressuscitando a comissão e autorizando a retomada dos trabalhos por mais 40 dias, que era o tempo faltante desde a suspensão dos trabalhos, em 1º de abril.
“Estamos trabalhando para concluir os trabalhos dentro do prazo, o que será alcançado. Vamos torcer para não haver mais nenhum empecilho jurídico”, disse Setoguchi.
Esse julgamento, que será em uma sessão exclusiva para isso, poderá ocorrer durante o recesso parlamentar, na segunda quinzena de julho.
‘CP dos Atestados’
Paralela à “CP da Rachadinha”, corre na Câmara uma comissão que investiga a apresentação de supostos atestados falsos por parte de Samuel Cavalcante para abonar faltas em sessões legislativas.
