Na reta final dos trabalhos, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara deve concluir sua investigação sobre a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Leste em fevereiro. Em recesso parlamentar, os trabalhos estão paralisados.
“Mas falta pouco para concluir nossa investigação. Temos que ouvir algumas pessoas ainda e fechar o relatório final. Só isso”, informou o vereador André Mazon (PTB), presidente da CPI da UPA. Informou que o relatório final será encaminhado ao Ministério Público.
A CPI foi aberta em 16 de abril de 2019 e prorrogada por duas vezes, alcançando, ao seu final, nove meses.
Nesse período, a comissão de vereadores encontrou algumas irregularidades, como a falta de cadastro no Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), que já foi corrigido, entre outras falhas de ordem técnica, também já sanadas, como a individualização dos leitos, por exemplo.
Mas o que a CPI deve relatar, mais minunciosamente, são problemas de ordem administrativa e financeira.
“Por estratégia da CPI não podemos divulgar o que já foi apurado, porque ainda falta ouvir algumas pessoas para confrontar com os dados dos documentos que obtivemos. Adianto que há coisas estranhas que serão repassadas ao MP”, disse o presidente da CPI.
Outro problema verificado pela comissão, segundo André Mazon, é de que existe, ainda hoje, uma dificuldade de relacionamento entre a UPA e a Santa Casa, tão visível quanto uma fratura exposta.
“E ambas são geridas pela Prefeitura. É muito estranho. Vai entender.”