Policiais civis de Mogi Mirim cumpriram esta semana, um mandado de prisão temporária expedido pela justiça local, contra o pintor Tiago Theodoro da Fonseca, de 28 anos. Ele é acusado de ser o autor do assassinato de Paulo Leandro Rodrigues, cujo corpo foi localizado na quinta-feira passada, véspera de feriado.
Fonseca foi preso na última quarta-feira, 8, depois de um minucioso trabalho do Setor de Investigações Gerais (SIG). Desde que o corpo de Rodrigues foi encontrado em um terreno baldio, no Jardim Murayama III, os policiais vinham trabalhando para identificar e deter o assassino.
Com base em imagens capturadas por uma câmera de vigilância instalada nos fundos de uma empresa, os policiais iniciaram as investigações. Nas imagens – embora com pouca resolução – é possível ver duas pessoas o terreno baldio onde Rodrigues foi morto.
Segundo as investigações, o crime ocorreu por volta das 9h30 do dia 1º de abril. Mas, Paulo Leandro Rodrigues e Tiago Theodoro da Fonseca estavam naquele local desde às 6h, consumindo drogas e bebida alcoólica.
A câmera de vigilância registrou as ações de ambos no terreno baldio até que, por volta das 9h30, iniciou-se uma briga. Fonseca então se apoderou de um paralelepípedo e, por cerca de 10 minutos, golpeou Rodrigues na cabeça.
Os policiais do SIG também ouviram uma testemunha que confirmou que Tiago Theodoro da Fonseca era o homem que estava em companhia de Rodrigues no terreno baldio, no dia do assassinato.
Com isso, Fonseca foi detido e encaminhado para a cadeia de Itapira. Extraoficialmente, ele confessou ter matado Rodrigues, mas não comentou a motivação do homicídio.
Entenda o caso
No dia 1º de abril, um cadáver foi descoberto por um tratorista que roçava o terreno baldio do Jardim Murayama III. Ao guardar o trator atrás de um muro, ele notou que havia uma pessoa morta no local e acionou, imediatamente, a polícia. Inicialmente, acreditava-se que a vítima era uma mulher, já que vestia uma blusa branca, carregava uma bolsa feminina e estava com a calcinha abaixada até o meio da perna.
No entanto, após a análise dos peritos no local do crime, descobriu-se que a vítima de morte violenta era, na verdade um homem, possivelmente um travesti que foi morto com um golpe na cabeça. Uma pedra grande, tipo paralelepípedo, estava próxima ao corpo.
Na cena do crime também havia preservativos usados, uma garrafa de bebida e um cachimbo utilizado para fumar crack.
O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) e, dois dias depois, houve o reconhecimento por parte de familiares.