O ex-assessor da presidência do Mogi Mirim, Cristiano Rocha, representante do português Victor Simões, procurou O POPULAR para frisar não considerar ter sido superado pelo torcedor Rogério Maneira na definição da escolha do presidente do clube em assembleia geral de associados, que definiu a destituição de Luiz Oliveira da presidência.
Na assembleia, após Luiz ter sido destituído, no momento da definição dos cargos, Manera e Rocha não manifestaram aos demais a intenção de se ser o presidente. O vereador Geraldo Bertanha, o Gebê, defendeu o nome de Rocha pela proximidade com Simões, entendendo que este fator facilitaria a atração de recursos. Já o ex-presidente do Conselho Deliberativo, Hélcio Adorno, o Luizinho, disse que não concordava com o nome de Cristiano, pois afirmou ter sido combinado anteriormente pelo grupo o nome de Manera como consensual.

A assembleia terminou sem a definição de um nome. No mesmo dia, Rocha disse a Manera que não tinha a intenção de ser presidente, mas diante do posicionamento de Luiz querendo impor sua opinião, passava a fazer questão de ser o escolhido. No dia seguinte, houve movimentação nos bastidores e o ex-gerente de futebol do clube, Henrique Stort, defendeu o nome de Manera pelo fato de ser mogimiriano, diferente de Cristiano. Houve uma conversa entre Cristiano e Manera, que acabou sendo o presidente definido. Cristiano diz não ter sido superado alegando o fato de ter aberto mão da ideia de ser presidente a pedido de Manera, que tinha a intenção de assumir a presidência, afirmando não ter sido agente definidor o posicionamento de Adorno e Stort, além de não ter havido uma eleição. Rocha frisou que não tinha a intenção de ser presidente, mas aceitaria apenas se não aparecesse outra opção, tendo batido na tecla de querer a presidência apenas no dia da assembleia, por ter se irritado com Luizinho. No dia seguinte, porém, garante ter passado a irritação e, assim, não quis mais a presidência. Cristiano ainda disse ter sugerido a Manera colocar Luizinho como presidente por sua relação com o clube. Rocha conta que Manera procurou Luizinho, que não quis participar da diretoria, o que já havia manifestado. Assim, Manera ficou como presidente. Rocha ficou com o cargo de presidente do Conselho Deliberativo.
A ata da assembleia de destituição de Luiz e os nomes dos novos integrantes da diretoria foi registrada em cartório. O próximo passo é entrar com uma ação judicial para referendar a decisão da assembleia e, assim, executar a saída de Luiz, tornando possível o uso de força policial em caso de resistência do dirigente, que hoje preside o clube na prática.