Respeitáveis leitores, quem esperava uma abertura de ano legislativo pegando fogo passou frio. A noite chuvosa desta segunda-feira, 3, fez Cinoê Duzo abrir um guarda-chuva em plenário. Não para se proteger de goteiras. Só para tirar um sarro mesmo.
O que se viu, de ambos os lados, seja por parte da oposição seja por parte da situação, foram discursos ponderados. Se bem que sempre sobram algumas cutucadas. Mas de leve. Tudo muito tranquilo demais para quem está acostumado a presenciar fortes embates políticos. Nada disso.
O ano legislativo deve começar pra valer mesmo na próxima segunda-feira, 10. É neste dia que o Conselho de Ética da Casa apresenta o relatório final do caso rachadinha de salário envolvendo o vereador Samuel Cavalcante. Uma Comissão Processante será aberta para julgar o pedido de cassação de mandato do parlamentar-réu.
Isso será feito por meio de sorteio entre os vereadores desimpedidos. Três nomes comporão a CP – menos do presidente da Câmara, Manoel Palomino, e do alvo do processo de cassação.
Entre os 15 parlamentares desimpedidos têm alguns morrendo de medo de ser sorteado. Espera-se, no entanto, que nenhum destes falte às suas obrigações de participar da sessão ordinária. Pois, estaria assinando atestado amarelão.
Espera-se que haja um debate acalorado em volta desse tema entre os muitos que desejam a
“decapitação” do colega Samuel Cavalcante da cadeira de vereador e os poucos encorajados em apoiá-lo, se é que haverá.
Espera-se, pelo menos, que o próprio réu faça uso da palavra para se defender publicamente. É seu direito e dever fazê-lo. Em respeito, principalmente, a seus 497 eleitores.
Espera-se, acima de tudo, que a futura Comissão Processante faça o seu trabalho com seriedade, de forma apartidária e honesta com os fatos colhidos, independente do resultado final, embora previsível. Porque será assim que esta legislatura será lembrada no dia 4 de outubro.
Por hoje, só sexta que vem.