Por Anderson Mendes
Mogi Mirim está na média da maioria das urbes paulistas. Não é um primor de cidade, mas também não é um município favelado. Porém, na Câmara de Vereadores, Mogi vai do céu ao inferno e vice-versa em questão de minutos.
Donos de grandes hipérboles, Tiago Costa e Magalhães exaltam o que há de pior, de um lado, e o de melhor, de outro, na cidade, trocando “gentilezas” entre si, longe de chegarem a um consenso.
Magalhães é um defensor ferrenho do governo de Carlos Nelson Bueno e um admirador confesso do trabalho da mulher-maravilha, digo da supersecretária Flávia Rossi (Educação e Saúde).
“Não entendo por que ela é tão criticada. Sobre a Santa Casa, que tem sido alvo de críticas nas últimas semanas: depois da intervenção muita coisa melhorou. Antes eram feitas 14 cirurgias, hoje somam 447”, exemplificou. “Hoje, o hospital funciona”, ratificou. “Nunca antes na história dessa cidade se tratou tanto de saúde como se trata hoje”, avaliou. “Digo que a Flávia Rossi tem, sim, competência”, elogiou.
Em se tratando de saúde pública, portanto, o povo mogimiriano vive na cidade das maravilhas. Sob o ponto de vista do Magalhães. Tem potencial para isso.
Não é como enxerga as coisas Tiago Costa.
“Magalhães deve morar em outra cidade. Não é possível”, indigna-se. “Tem gente morrendo por falta de atendimento de saúde. Superbactéria na Santa Casa. Mulher grávida que é dispensada, volta pra casa e perde o feto”, enumera. “Estamos vivendo um verdadeiro caos na saúde pública. Graças a incompetência da senhora Flávia Rossi”, critica.
Vendo por esse lado parece que o inferno é aqui e agora.
“Vamos fazer um minuto de silêncio pela morte da saúde de Mogi Mirim”, sugeriu.
Não foi feito o minuto de silêncio durante a sessão. Não é necessário. O inferno passa longe da Cidade Simpatia. E o céu ainda mais distante.