Quando ouço as pessoas se queixarem de “dor nas costas”, normalmente se referem a problemas na região lombar. Esta região da coluna é a que suporta a parte mais difícil da inclinação para frente e para trás, do sentar-se e, principalmente, do levantar-se.
A coluna lombar também é muito flexível, e isso é essencial, porém se torna mais suscetível a lesões. Já a coluna torácica não é completamente vulnerável, embora devido a uma perda de massa óssea, ela pode se tornar cada vez mais frágil durante o envelhecimento.
E o sacro e o cóccix podem sofrer contusões devido a quedas que, apesar de dolorosas, raramente são graves, explicam os pesquisadores da American Physical Therapy Association. Eles acrescentam que a causa mais comum de lesões dos músculos e articulações é, sem dúvidas, o esforço excessivo sobre as costas, porém, outra causa ameaçadora é a inatividade.
É isso mesmo, a incapacidade de utilizar, regularmente, os músculos do tronco (costas e abdome) e de levar a coluna vertebral aos seus limites de movimento, torna a região ameaçada.
Nesta falta de atividade, articulações se enrijecem, os ligamentos e os músculos se contraem, prejudicando o bom fluxo sanguíneo. Além disso, torna as costas mais suscetíveis a uma degeneração articular generalizada.
Os efeitos desta inatividade tendem a se tornar maiores com a idade, contudo uma pessoa idosa que é ativa pode ter suas costas “mais jovens” do que uma pessoa inativa na faixa dos 30 anos.
O exercício regular pode ajudar a evitar estes problemas. Destacamos os alongamentos, que reduzem ou até eliminam a tensão e a rigidez causada pelo esforço repetitivo ou o uso excessivo na atividades diárias, os de fortalecimento das musculaturas dorsais e abdominais, que são os principais responsáveis pela manutenção e correção das posturas, e os exercícios que exigem maior mobilidade articular, como caminhada, ciclismo e natação, por exemplo.
Agora que estamos informados sobre oque precisa ser feito para mantermos a saúde de nossa coluna, ou para atenuar algum desconforto já existente, é só fazermos a nossa parte. Nada de inatividade!
Patricia Franco Rabello
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Personal Trainer
Graduada pela Unimep – Bacharel e Licenciatura
Mestre em Educação Física – Unicamp
Docente da Unimogi no Curso de Educação Física