Quando estava iminente a tomada de Mogi Mirim pelas tropas federais, o povo debandou para os sítios e a zona rural, onde pensava-se que haveria mais segurança. Meu saudoso tio, Antonio Storti, o Tunin, saiu do sítio de meu avô na Vatinga para comprar remédios na cidade.
Como a maioria das farmácias estava com portas fechadas em virtude da anunciada invasão das tropas governamentais, Tunin foi batendo até ser atendido por um farmacêutico.
Nessa ocasião, surgiu um oficial do exército: “O que o senhor está fazendo na cidade a esta hora da noite?”. Ao responder que estava comprando remédios, meu tio contou que o soldado aconselhou: “Pois volte já e diga para seus parentes e amigos que voltem para a cidade, pois os grandes combates serão realizados nos sítios e setores rurais”.
Odette Coppos e os Refugiados Itapirenses
Outro valioso depoimento é o de Odette Coppos, escritora de Itapira: “Nossas famílias, Coppos, Fiordomo, Toledo e Aguiar Toledo, reunidas, optaram por rumar para Mogi Mirim e se esconder nos sítios de amigos e familiares. Mas quando estavam alojados no sítio de Antonio e Loló Franco foram alertados para retornar a Mogi Mirim, pois os combates realizavam-se no setor rural. Obedecendo o conselho, o grupo com mais de 30 pessoas pegou a estrada e foram conduzidos num velho carro de boi. No caminho foram revistados e interrogados pelos soldados federais que ao verem as belas moças itapirenses do grupo, exclamaram: Os paulistas não souberam fazer a revolução. Tivessem armado moças bonitas como estas, invés de marmanjos, certamente ganhariam a guerra pois nos renderíamos!”.
O Padre Combatente
Durante a batalha do Morro do Graví, o capelão das tropas paulistas, padre Luiz de Abreu, em meio aos tiros de canhão e metralhadoras, rezava com a Bíblia nas mãos. Em dado momento um tiro quase chamuscou o livro santo. Indignado, o padre largou a Bíblia e empunhou um fuzil, dizendo: “Deus me perdoe! Conta-se que a partir desse momento foi um dos mais destemidos e valorosos combatentes paulistas”.
Preceitos Bíblicos
“Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes e preservastes minha vida da morte! Não deixastes rir de mim meus inimigos. Tirastes a minha lama dos abismos e me salvastes quando estava já morrendo!”. (Salmo 29)
Túnel do TEMPO
5 de setembro de 1932 – Mogi Mirim caía em poder das tropas federais, assumindo o comando da cidade o prefeito militar capitão Gerônimo Ferreira Romariz, integrante das tropas federais de Getúlio Vargas.
Livros – História de Mogi Mirim e Região
Mogi Mirim, nascida da bravura dos paulistas | 512 páginas e 42 fotos
A escravidão e o abolicionismo Regional | 278 páginas e 56 fotos
Memórias Mogimirianas | 260 páginas e 47 fotos
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