ATÔNITOS – Causou espanto na sessão da Câmara Municipal na segunda-feira o depoimento na tribuna livre de Erico Evandro Sabadini, empresário que acusa o secretário de Obras, Planejamento e Serviços, Wilson Rogério da Silva, e outros dois guardas municipais, de ameaçá-lo com uma arma de fogo devido à extração ilegal de terra em terreno na Rodovia Senador Franco Montoro. Além de considerar o ato do empresário como corajoso, o espanto da maioria dos vereadores em ouvir todos os detalhes do caso era nítido. Atônito é um dos adjetivos que pôde simbolizar muito bem a reação dos edis.
VINGANÇA? – Segundo o empresário não foi apenas a extração da terra que causou a atitude do secretário e dos guardas municipais. Durante a tribuna livre, ele afirmou que tudo foi motivado também pelo fato de sua esposa ter sido uma das testemunhas no processo investigado pelo Ministério Público que apura a compra de votos pelo governo de Gustavo Stupp em 2012, em denúncia feita no final do ano passado pelo ex-secretário municipal, Jarbas Caroni.
MISTÉRIO – Após a explicação na tribuna livre, os vereadores tiveram alguns minutos para questionar o empresário. Waldemar Marcúrio Filho, o Ney (PT), indagou Sabadini se existiu a participação de algum vereador no caso, o que deixou muitos edis de orelha em pé. Sem demonstrar nervosismo, o empresário afirmou que preferia não responder ao questionamento, deixando um clima de mistério no ar.
MÉDIA – Na entrevista à imprensa na sexta-feira, o secretário de Governo, Jonas Alves Araújo Filho, o Joninhas, e o prefeito Gustavo Stupp (PDT) passaram um recado aos vereadores sobre a aprovação dos projetos de lei enviados para coibir o aumento de casos da dengue na cidade. Ambos pediram para que eles se sensibilizassem para o problema e Stupp disse que “vereador não está aí para fazer média”. Na noite de anteontem, as alterações propostas em duas leis municipais foram lidas e encaminhadas às comissões competentes.
APLICATIVO – Stupp revelou que já teria solicitado a sua equipe que cuida da área de Tecnologia para desenvolver um aplicativo de celular para controlar a fiscalização que está sendo feita pelos agentes de saúde nas residências da cidade. Em dezembro do ano passado, ele também disse que havia solicitado um aplicativo para que moradores denunciassem os problemas e sugerissem soluções. Resta saber qual deles sairá do papel primeiro, se é que algum deles realmente está sendo desenvolvido…
DE NOVO – Apesar de pesquisas de aprovação que são feitas por partidos políticos apontarem uma altíssima rejeição a Stupp, o cenário político na cidade pouco tem se movimentado. Hoje, nenhum partido tem trabalhado em um nome de expressão, que poderia concorrer com o atual prefeito, visando as próximas eleições municipais. A causa disso poderá ser, como nas últimas eleições, a pulverização de candidatos, resultando em ínfimas chances de mudança na política mogimiriana.