CRISE – A grave crise financeira atravessada pelo município causa preocupação não apenas na população, mas também em quem está situado ao lado da Prefeitura, mais especificamente, os vereadores que compõem o Plenário da Câmara Municipal. Na sessão de segunda-feira, vários deles teceram comentários, todos negativos e temerosos, sobre o atual momento político-administrativo de Mogi Mirim. Para Luzia Cristina Côrtes Nogueira (PSB) passou da hora de o Executivo ‘colocar o pé no freio’, controlar os gastos e tentar deixar as contas em dia. “Eu só quero ver quando chegar o final do ano”, disse, em referência ao pagamento do 13º salário.
CONTINUA – Outro que comentou sobre a crise foi o vereador Marcos Bento Alves de Godoy, o Marquinhos da Farmácia (PDT). Em seu discurso, disse não acreditar que a Prefeitura tenha dinheiro para o pagamento do funcionalismo, tese embasada pelo cancelamento das férias de agosto e setembro e que fica arrepiado a cada dia que passa com a atual situação do município. Para ele, é preciso procurar onde se cortar gastos, mas que não acredita em melhoras. “Se não encontrar uma solução, estaremos em ruínas”, alertou.
SAAE – Outro motivo de intenso debate e preocupação, o delicado momento financeiro vivido pelo Serviço Autônomo de Água e Esgotos (Saae), escancarado em audiência pública na Câmara Municipal, quando seu presidente, Luciano Lopes, revelou que a dívida do Poder Público com a autarquia é de R$ 8,5 milhões, foi comentado pela vereadora Maria Helena Scudeler de Barros (PSDB). Em sua opinião é o momento de uma repactuação do contrato entre a Prefeitura e o Saae, e que existe um calote mensal do Executivo com a autarquia de R$ 235 mil. Com o aumento da tarifa de água e esgoto, ela acredita que em um futuro próximo o mogimiriano não terá mais condições de pagar a sua conta.
BURACO – O discurso foi acompanhado pelo companheiro de bancada, o vereador Luiz Guarnieri (PT). A visão do petista é que a Prefeitura deve honrar o compromisso firmado com a autarquia. “Não podemos continuar nessa situação, senão o Saae vai para o buraco”, disparou. As recentes declarações de Rivaldo Ferreira, ex-presidente e jogador do Mogi Mirim Esporte Clube, que reclamou sobre a polêmica envolvendo o Centro de Treinamento com figuras locais da cidade que querem a anulação da transferência para seu nome, também foram condenadas por ele.
CELULAR – É recorrente, mas chamou a atenção na sessão de segunda-feira o número de vereadores que mexiam em seus aparelhos celulares durante a realização dos trabalhos. Seja em discursos de companheiros de Plenário, leitura de requerimentos ou indicações, lá estavam alguns deles navegando ou teclando. Resta saber se utilizavam a tecnologia para fins da função legislativa ou para interesse pessoal.
REABERTA – A concorrência pública que prevê a contratação de uma empresa especializada para prestar os serviços de iluminação pública foi reaberta pela Secretaria de Obras, Habitação e Serviços. O extrato de reabertura do edital foi publicado no Jornal Oficial do último sábado. O valor do contrato é estimado em R$ 5,7 milhões.