ESVAZIADO – De 17 vereadores, poucos marcaram presença no ato cívico seguido da manifestação pacífica contra o prefeito Gustavo Stupp (PDT) na manhã de segunda-feira, na solenidade que lembrou o Dia da Independência do Brasil em Mogi Mirim. Estiveram presentes Maria Helena Scudeler de Barros (PSDB), Dayane Amaro (PDT) e Jorge Setoguchi (PSD), nenhum deles da base aliada do governo municipal. Aliás, a bancada de Stupp na Câmara Municipal não registrou nenhum nome na Praça Rui Barbosa. Cinoê Duzo (PSD) e Luzia Cristina Côrtes Nogueira (PSB), que criticaram o cancelamento dos desfiles em discursos na tribuna do Legislativo, também não marcaram presença.
REPÚDIO – Por falar em Dayane Amaro, a vereadora, uma das mais descontentes no Legislativo com o cancelamento dos desfiles cívicos de 7 de setembro, não ficou apenas nas palavras ao mostrar sua indignação. Ela produziu uma moção de repúdio que será encaminhada à Câmara contra Gustavo Stupp. Para ela, é de extrema importância que a população conserve e relembre a história e a luta do país e que o desfile não se trata de um evento qualquer. Em sua visão o momento é de lembrar a realização do sonho dos inconfidentes e a conquista da autonomia da nação, além de mostrar aos jovens e crianças as potencialidades do povo brasileiro.
TEMOR? – Chamou a atenção no ato cívico de segunda-feira a discreta participação de Stupp ao longo do evento. Segundos após a solenidade ser encerrada, o prefeito logo tratou de ir embora, não conversando com ninguém. Apressado, se despediu de representantes da própria Prefeitura e da Associação Comercial e Industrial de Mogi Mirim (Acimm) antes de seguir caminho. A impressão é de que Stupp não queria o mínimo contato com o público, talvez pela presença do outro lado da praça de um grupo de manifestantes contrários ao seu trabalho na Administração. Não havia nenhum outro evento municipal na agenda do prefeito na segunda-feira.
QUANTO PAGOU? – Uma informação desencontrada circulou pelo município ao longo da última semana dando conta de que a Acimm teria gasto R$ 5 mil com o ato cívico. Por meio de sua assessoria, a entidade informou ontem que, na verdade, o único gasto com o evento foi de R$ 300 referentes ao transporte dos instrumentos de integrantes da Banda Lyra Mojimiriana, responsáveis por apresentar os hinos da Independência e do Brasil. A entidade já havia se comprometido a arcar com a quantia desde o anúncio da realização do ato cívico.
NA SECA – O presidente da Câmara, João Antônio Pires Gonçalves, o João Carteiro (PMDB), afirmou, durante a última sessão do mês de agosto, que se a Prefeitura já está pedindo ajuda ao Legislativo, possivelmente no fim do ano, quando ocorre o pagamento do 13º salário dos servidores, vai precisar de uma verba ainda maior. João Carteiro, que também é um dos vereadores da base governista, não se mostrou otimista e acredita que o Executivo não terá esse dinheiro.
ESTRUTURA – A chuva de ontem que atingiu a cidade, tanto no período da manhã quanto no final da tarde, mostrou bem a falta de infraestrutura relacionada à boca de lobos espalhadas pelo Centro e outras regiões do município. Em diversas ruas, o que se viu foram grandes enxurradas que encheram de água parte das vias, sobretudo próximo às calçadas, dificultando principalmente o deslocamento de pedestres. As cenas são rotineiras e sempre vistas em dias de chuva.