PÉ NO FREIO – Quem acompanha as sessões de Câmara sabe que é recorrente ver o presidente da Casa, João Antônio Pires Gonçalves, o João Carteiro (PMDB), chamando a atenção daqueles que se manifestam na plateia, após os discursos dos vereadores. O presidente tem repreendido também os colegas que ficam de conversa paralela durante as votações. A atitude não tem sido aprovada por alguns vereadores. Mané Palomino (PPS) chegou a dizer à reportagem que acha chata a postura de Carteiro porque não consegue nem conversar com a sua assessora.
DESCULPAS – A sessão de segunda-feira foi atípica. Três vereadores se dirigiram à tribuna para pedir desculpas. Laércio Rocha Pires (PPS) lamentou o bate-boca que teve com o colega Osvaldo Quaglio (PSDB), logo ao fim da reunião sobre a mudança da Câmara para o novo prédio. Cinoê Duzo (PSD) também se desculpou com o vereador Waldemar Marcúrio Filho, o Ney (PROS), por ter retirado a lista de presença dentro de sua gaveta. Este, por sua vez, pediu desculpas a Jorge Setoguchi (PSD), que conseguiu discursar na tribuna livre só por volta das 23h, porque não havia assinado a segunda lista de presença. Ney rasgou a primeira lista ao perceber que o documento foi pego sem sua autorização, fato que o deixou furioso.
SINDICÂNCIA – Embora Cinoê tenha assumido o erro, uma sindicância deve ser aberta a pedido de Ney. “Eu não acho certo que abram a minha gaveta. Espero que não ocorra mais”, disse na tribuna. Ney explicou que acabou rasgando a primeira lista de presença porque, como primeiro secretário da Mesa Diretora da Câmara, o documento é somente de sua competência. Cinoê também declarou estar ciente que poderá sofrer sanções por falta de decoro, mas afirmou que não teve a intenção de ferir o Regimento Interno e nem prejudicar o andamento da sessão. Próximos capítulos estão por vir.
VERGONHA – O vereador Luiz Guarnieri (PT) não conteve críticas com relação à mudança dos gabinetes para o novo imóvel da Câmara, localizado ao lado da Matriz São José, no Centro. Na tribuna, durante a sessão de segunda-feira, Guarnieri disse que a decisão foi uma total falta de moral da Mesa Diretora. “Falta de vergonha na cara. Vamos lutar até o fim para ficar nessa Casa (no prédio situado no Paço Municipal)”, declarou. Para ele, é preciso honrar o compromisso com o dinheiro público.
CIP – O vereador Luis Roberto Tavares, o Robertinho (SDD), quer uma posição da Prefeitura com relação ao dinheiro arrecadado com a taxa de iluminação pública. Na sessão de segunda-feira, um requerimento de sua autoria, aprovado pela Câmara, pede que a Administração envie os extratos de conta bancária e um relatório detalhado dos gastos com a Contribuição de Iluminação Pública (CIP). A Justiça já determinou que a Secretaria de Finanças da Prefeitura preste contas mensalmente acerca dos valores arrecadados com o tributo. Basta saber se a resposta virá.
POSTURA – Após deixar o cargo de secretário de Saúde, o vice-prefeito Gerson Rossi se concentra agora nas filiações partidárias para o PPS, partido pelo qual é presidente do diretório municipal. Além disso, afirmou que pretende também adotar uma postura mais firme com os vereadores da sigla, e que permanecem na base aliada de Gustavo Stupp, no caso Laércio Rocha Pires e Manoel Palomino. Segundo ele, será proposto aos vereadores uma melhor análise e discussão dos projetos mais polêmicos votados na Câmara, que influenciam diretamente na cidade. “A minha proposta será de tratar cuidadosamente de cada projeto para poder redirecioná-los para as votações”, explicou.
JÁ EXISTE – O Projeto Zerão, idealizado por três mogimirianos e que vislumbra levar para o complexo esportivo um novo sistema de iluminação, banheiros e pedalinhos não é novidade em Mogi Mirim. O vereador Cinoê Duzo (PSD), que carrega como uma de suas principais bandeiras o espaço público, alertou à reportagem que um projeto de sua autoria que pede melhorias em todo o complexo, abrangendo não apenas ao proposto no projeto atual, mas sim outras necessidades, como o desassoreamento dos lagos, instalação de lixeiras, recuperação da área de passeio, sinalização, entre outros, foi aprovado na Câmara Municipal em junho de 2010, ainda na gestão de Carlos Nelson Bueno. De lá para cá, pouca coisa foi feita na área.