DUPLA – Uma semana depois dos resultados das votações, a sessão do Legislativo será retomada em dose dupla. Isso porque os trabalhos, que seriam realizados na noite do dia 3, foram suspensos por conta das eleições e terão que ser realizados também na próxima segunda-feira. Se para alguns o motivo é de alegria, já que conseguiram a reeleição, para outros serão os últimos meses dentro da Casa de Leis, o que pode até ser um martírio.
DOIS PESOS – Em sua quarta disputa pela Prefeitura de Mogi Mirim, Ernani Gragnanello (PT), após avaliar todo o processo que antecedeu as eleições, afirmou, em entrevista à reportagem, que faltou um debate maior acerca da questão ética. “Me preocupa esse dois pesos, duas medidas”, destacou, referindo-se ao fato do eleitor desaprovar a corrupção, inclusive não votar em um candidato do PT, no entanto, eleger para prefeito uma pessoa condenada e que teve as contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas.
CONDENOU – O candidato a prefeito pelo PRP, o Coronel Vanderlei Manoel de Oliveira, reprovou a sujeira nas ruas do município, no domingo, e não poupou nas críticas. Disse que o derramamento de santinhos foi um ato de emporcalhamento de pessoas que não têm comprometimento com a comunidade. Segundo ele, uma prática que “não convence ninguém”. Aliás, só devem ter sido úteis para eleitores despreparados que, certamente, usaram como cola na hora da votação.
NÚMEROS – O jornalista Geraldo Bertanha, o Gebê, foi eleito tendo como número de candidato a sequência 77777. Curiosamente, Gebê foi eleito pelo partido Solidariedade (SD), presidido por Leonardo Zaniboni, o Léo, que foi eleito vereador nas eleições anteriores quando ainda estava no PR. O número de Léo era 22222, o famoso cinco patinhos na lagoa.
PARCERIA – Em sua entrevista coletiva logo após ser eleito para seu terceiro mandato como prefeito de Mogi Mirim, na noite de domingo, Carlos Nelson Bueno (PSDB) afirmou que prevê dentro de seu plano de governo estreitar o relacionamento com a Câmara Municipal, postura diferente da adotada pelo ainda prefeito Gustavo Stupp (PDT), que nunca compareceu à sede do Poder Legislativo e mantinha distância dos vereadores. “Vamos ter que conversar muito com a Câmara. Nada do que eu vá decidir pode ser feito sem um apoio do Legislativo. Não vamos tomar nenhuma medida isolada”, prometeu.