QUASE TODOS – Foram poucos os vereadores que Danilo Zinetti, futuro chefe de gabinete, não conversou na última semana, quando deu início ao estreitamento nas relações entre os poderes Executivo e Legislativo. Dos 17, ele conversou com 12. Por impasses na agenda, compromissos profissionais ou por escolha própria de cada vereador, Zinetti não debateu com Cinoê Duzo (PSB), Tiago Costa e Moacir Genuário, ambos do PMDB, Marcos Gaúcho (PSB) e André Mazon (PTB). No caso de Costa, o futuro vereador adota uma postura independente, entendendo que ainda não é o momento para se conversar, e aguarda sua diplomação e posterior posse como vereador para dialogar com a Prefeitura.
PRÉDIO DO BB – A intenção do futuro governo de Carlos Nelson Bueno (PSDB), que toma posse no dia 1º de janeiro, de utilizar o imóvel localizado ao lado da Matriz de São José, no Centro, antes usado pelo Banco do Brasil, e hoje desativado, tem um importante aliado visando tornar o desejo realidade. O bom relacionamento entre o próximo prefeito e sua equipe com o ex-deputado federal e hoje presidente dos Correios, Guilherme Campos, de grande prestígio na esfera federal. Campos esteve presente no lançamento da candidatura de Carlos Nelson, em julho e, é próximo a Danilo Zinetti, secretário de governo e chefe de gabinete de Carlos Nelson. O ex-deputado foi um dos fundadores do PSD no país, partido que em Mogi Mirim é presidido justamente por Danilo. As tratativas já tiveram início para a cessão do imóvel, de propriedade do banco, para o Poder Público.
IRRESPONSABILIDADE – Na ação civil pública impetrada pelo Ministério Público, em nome do promotor de Justiça Rogério Filócomo, cobrando o pagamento imediato por parte da Prefeitura à Santa Casa de Misericórdia, que sofre com o atraso do repasse firmado via convênio junto ao Poder Público, o promotor deixa claro a falta de compromisso da atual Administração Municipal com o cidadão em diversos trechos. A ação civil foi publicada em primeira mão por O POPULAR em sua edição de quarta-feira. “Verifica-se que é uma irresponsabilidade do Poder Público Municipal de não tomar uma providência concreta para solucionar a questão do pagamento dos repasses à Santa Casa, que é obrigação municipal e, uma vez que, tal serviço é indispensável para se preservar a vida humana”, descreve.
NÃO FAZ NADA – O promotor condenou veemente a situação, tanto pelo atraso como pela demora. “O problema há muito tempo persiste e nada tem sido feito para minimizá-lo, persistindo as mazelas com a população. Ademais, o problema é atual e urgente e o cidadão não pode mais aguardar soluções futuras”, destaca. Diante do atual quadro, Filócomo frisa que essa é a última atitude a ser tomada, escancarando a dificuldade nas negociações. “Não resta alternativa ao Ministério Público a não ser a propositura da presente ação”, afirma.
FIM DE FEIRA – Definitivamente, o clima de final de ano já prevalece na Câmara Municipal, sobretudo nas sessões dos vereadores. Na segunda-feira, assim como já registrado em outras sessões, foram poucos os edis que foram à tribuna para aproveitar o limite de cinco minutos disponíveis para argumentações, exposição de problemas e análises de qualquer tipo de assunto, direito de todo vereador. A prática se tornou comum, sobretudo, após as eleições municipais. Dos 17 vereadores, 12 não foram reeleitos. Após a próxima segunda-feira, faltarão apenas as sessões dos dias 5 e 12 de dezembro para o fim dos trabalhos da atual legislatura.