SILENCIOSO – Se nas redes sociais o vereador Samuel Cavalcante (PR) tem se mostrado ativo, trava debates e até faz transmissões ao vivo, na Câmara Municipal, a postura do parlamentar é bem diferente. Ele entra mudo e sai calado das sessões, às segundas-feiras. Outros vereadores também fazem uso da internet, contudo não deixam de ir à tribuna livre. Será que Cavalcante decidiu se comunicar apenas pelo Facebook?
REPROVADA 1 – Na tribuna, alguns vereadores se manifestaram contra a mudança do Gabinete do Prefeito para um prédio comercial, na Avenida Pedro Botesi. Geraldo Bertanha, o Gebê (SD), Tiago Costa (PMDB) e Cinoê Duzo (PSB) consideraram precipitada a atitude do Executivo, principalmente em um momento que o Município enfrenta dificuldades financeiras. Segundo Gebê, o dinheiro da locação, que deve chegar a R$ 13 mil mensais, poderia ser empregado em serviços básicos, como a limpeza pública. “Era preciso esperar uma decisão da Câmara”, reforçou. Em seguida, o parlamentar disse que se preocupava com a saúde de Carlos Nelson Bueno (PSDB) porque o atual gabinete, localizado no Paço Municipal, exalava um odor de banheiro químico.
REPROVADA 2 – Na mesma linha de discurso de Gebê, o vereador Tiago Costa (PMDB) pediu prudência e tempo para avaliar o melhor caminho. Isso porque, na última semana, Cristiano Gaioto (PP) afirmou na imprensa que a saída do “Palácio de Cristal”, prédio que atualmente abriga os gabinetes dos vereadores, seria concretizada em até 45 dias. No entanto, mesmo com a intenção de deixar o imóvel, com aluguel de quase R$ 26 mil, e já com espaço cedido do Gabinete do Prefeito, no Paço Municipal, os parlamentares estudam com cautela a reforma da antiga sede do Poder Legislativo e a rescisão contratual, que prevê uma multa em torno de R$ 600 mil.
DEU DURA – O vereador Gerson Rossi (PPS) não aprovou a atitude de Maria Helena Scudeler de Barros (PSB) durante a votação do projeto de lei municipal que instituiu o Programa Especial de Recuperação Fiscal (Refis), na segunda-feira. “Ela foi infeliz. Eu não estou advogando em causa própria”, afirmou. Na sessão, Maria Helena deu a entender que Rossi, procurador jurídico da Prefeitura, estaria se beneficiando ao assinar uma emenda tratando do parcelamento dos honorários advocatícios. Procurado por O POPULAR, o parlamentar esclareceu que o objetivo era corrigir o projeto e evitar incoerências.
MUDANÇA – Um projeto de autoria do Poder Executivo prevê a alteração da lei que criou a Imprensa Oficial do Município de Mogi Mirim. A proposta foi lida na sessão de Câmara de segunda-feira. Se aprovado, a publicação dos atos da Prefeitura, do Serviço Autônomo de Água e Esgotos (Saae) e da Câmara Municipal serão feitos por meio eletrônico ou, facultativamente, de maneira complementar, em jornais convencionais. Na mensagem do projeto, encaminhado ao Legislativo, o prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB) justifica que é preciso inovar em momentos de crise financeira. No governo de Gustavo Stupp (PDT) os atos eram divulgados apenas por meio impresso, no Jornal Oficial, o qual era feito por uma empresa contratada através de licitação. O valor para renovação do contrato foi considerado além da atual realidade dos cofres públicos.