APELO – Logo após a secretária de Assistência Social, Leila Ferracioli, ter declarado, na tribuna livre, que os números envolvendo o programa da Tarifa Social a R$ 1, bandeira do ex-prefeito Gustavo Stupp, eram um verdadeiro “buraco negro”e que ela não conseguia chegar a conclusão alguma, o vereador Cinoê Duzo (PSB) aproveitou o discurso para cutucar Gerson Rossi (PPS), ex-vice-prefeito da gestão anterior, e apelou para que Rossi ajude a secretária a desvendar as informações. “Fale agora, extravase”, pediu. Segundo Cinoê, o ex-vice dizia, anteriormente, não poder fazer certos pronunciamentos porque era engessado por Stupp.
ALFINETADA – A noite de segunda-feira não foi nada favorável para o ex-vice. Durante a sessão, enquanto explicava os motivos da suspensão da Tarifa Social, Leila também alfinetou Rossi, dizendo que ele fez parte do governo que ajudou a onerar Mogi Mirim. “Eu olho as planilhas, eu arrepio”, afirmou, em referência aos números do benefício.
REBATEU – Na tribuna, Rossi se defendeu. O parlamentar, que sempre teve consciência de que sua imagem ficou “manchada” pela má gestão de Stupp, se colocou à disposição de uma possível abertura de sindicância na Prefeitura e de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal. Ao final, Rossi ainda reforçou que não reponde por aquilo que não fez.
TRANSPORTE – Ainda sobre o assunto de transporte público, o vereador Tiago Costa (PMDB) questionou o fato dos ônibus da Viação Santa Cruz, empresa responsável pelo transporte coletivo urbano, ficarem estacionados, durante o período da noite, no Espaço Cidadão. Isso porque ali é uma área pública. A Viação não teria condições de pagar uma garagem própria? Logo depois, Alexandre Cintra (PSDB) também criticou as condições dos transportes e dos horários nos pontos de parada, muitas vezes, não cumpridos.
PASSOU – A contragosto de Samuel Cavalcante (PR), o projeto que altera a lei municipal da Imprensa Oficial foi aprovado, com uma emenda da Comissão de Justiça e Redação, por 14 votos a 1. A Tribuna de Itapira foi a empresa vencedora do pregão presencial para prestar o serviço de impressão do Jornal Oficial do Município. O teto da licitação era de até R$ 50 mil por ano. Mas, o valor foi fechado em R$ 29,7 mil anuais, bem abaixo do previsto. No ano passado, ainda na gestão de Gustavo Stupp, os gastos com a Imprensa Oficial ficaram em R$ 155 mil. Agora, com a lei aprovada, além do impresso, os atos oficiais também serão divulgados no site do Executivo e, eventualmente, nos jornais da imprensa escrita da cidade. A votação ocorreu de forma tumultuada porque Cavalcante queria adiar o projeto, por mais uma vez, para criar uma emenda limitando os gastos dentro dos R$ 29 mil. Ficou claro que ele confundiu os investimentos para a impressão do jornal com eventuais publicações, o que são coisas distintas. “O senhor não é o dono da verdade. Foram 14 votos”, disparou Tiago Costa (PMDB), visivelmente nervoso.