A PORTAS FECHADAS – Tanto para os profissionais que trabalham como principalmente para os munícipes que acompanham as sessões ordinárias da Câmara Municipal, a da noite de segunda-feira pode ser esquecida. Logo após a abertura dos trabalhos, a pedido do vereador Gerson Rossi (PPS), a sessão foi suspensa para uma reunião a portas fechadas dos edis. Na pauta, qual a atitude dos vereadores mediante a recomendação do Ministério Público para que eles suspendam, de forma imediata, o recebimento dos valores a mais após aplicação do reajuste concedido neste ano, o que pegou muitos de surpresa.
E O PÚBLICO? – O problema é que a reunião durou nada mais nada menos do que 1 hora e 20 minutos. Neste período, coube à assessores, imprensa e ao público presente apenas aguardar o fim da reunião, que foi finalizada já perto das 20h. Para piorar, os vereadores abdicaram das duas falas nas quais têm direito durante a sessão após pedido de Cristiano Gaioto (PP), tudo para compensar o tempo perdido na reunião. A atitude gerou inúmeras críticas do público que acompanhava a sessão e invadiu redes sociais. O ato foi visto como desrespeitoso e antiético. Muitas pessoas deixaram a sede do Poder Legislativo ainda ao longo do encontro. Pisada feia na bola, vereadores…
EMBATE – Na reunião entre o prefeito Carlos Nelson Bueno, secretários municipais e vereadores, no final da tarde da última quinta-feira, em uma sala anexa ao gabinete do prefeito, no Mogi Business Center, o clima não foi dos mais amistosos. Longe disso. Pronto para rebater os argumentos apresentados pela Prefeitura quanto à fixação dos salários do prefeito, vice e dos secretários, o vereador Tiago Costa (PMDB) protagonizou um verdadeiro embate, em especial com o secretário de Administração Ramon Alonço. Em determinado ponto, irritado com a postura do secretário, Tiago reclamou da expressão de Alonço, segundo ele, deselegante. “O Ramon fica dando risadinha sarcástica aí”, criticou, para espanto do secretário.
EMBATE II – Em outro ponto da reunião, o secretário de Negócios Jurídicos Carlos Roberto Marrich Junior mostrou insatisfação com o fato de Tiago rebater, a todo instante, as explicações por parte do secretariado, e não dar espaço para a continuidade das respostas. “Peraí, você vai deixar a gente falar?”, indagou. José Francisco Guto Urbini, secretário de Suprimentos e Qualidade também mostrou descontentamento com a postura de Tiago, que se manteve firme durante todo o encontro.
IRREVERSÍVEL – Visivelmente abatido com a situação, Carlos Nelson não escondeu sua contrariedade à proporção tomada pelo assunto. Em tom de desabafo, afirmou, de forma categórica, que a exposição gerada em cima de seu nome em toda a cidade, com o caso sendo comentando pelas ruas e redes sociais desde o dia da denúncia de Tiago Costa, na segunda-feira, dia 5, será difícil de apagar. “O desgaste pessoal que eu tive é irreversível”, comentou. Em certos momentos da reunião, Carlos Nelson aparentava tristeza, com as mãos no rosto e a cabeça baixa, ao contrário de outras aparições públicas.