ARRANHADA – Realmente a imagem do prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB) começa a se desgastar com parte da população. Na manhã do último dia 12, durante a paralisação dos funcionários da Construrban e Cidade Brasil, pelo atraso no pagamento dos salários deste mês, comentários entre os profissionais remetiam a uma total insatisfação com o prefeito. Muitos questionavam o fato de Carlos Nelson ter fixado seu próprio salário de forma automática, de R$ 17.120 para R$ 20.723, decisão revertida na semana passada após anunciar a devolução dos valores aos cofres públicos, com a demora no depósito da quantia referente aos salários, de R$ 447 mil, e feito pela Prefeitura após a paralisação dos funcionários. A orelha do prefeito ficou mais do que quente…
EM BRANCO – A sessão de Câmara de segunda-feira não teve votação de projetos de lei. A ordem do dia da 19° sessão ordinária passou em branco. Nem mesmo os famosos projetos para dar nomes às ruas apareceram na pauta. Em nota, encaminhada à imprensa na tarde de segunda, a presidência da Câmara Municipal comunicou que não havia “matéria a ser deliberada pelos nobres edis”. Isso porque, segundo o Legislativo, os projetos estão parados nas comissões. Já no dia 12, os vereadores votaram propostas, mas resolveram abrir mão do discurso na tribuna. Seria tudo isso apatia?
EXIGENTE – A vereadora Maria Helena Scudeler de Barros (PSB) exigiu, durante discurso na tribuna, na segunda-feira, a presença da secretária de Saúde, Rosemary Fátima Silva, a Rose, na próxima sessão. “Pela segunda vez, ela não aparece. Minha tolerância chegou ao limite”, desabafou. Maria Helena explicou que a secretária deve esclarecimentos aos parlamentares sobre como se dará o funcionamento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), na zona Leste, prédio que recebe os preparativos finais para a abertura. “São indagações que ela tem que dar”, reforçou a vereadora. Ela ainda pediu providências do presidente Jorge Setoguchi (PSD) e o apoio do líder de governo, Geraldo Bertanha, o Gebê (SD), para intermediar o assunto.
DEFENDEU – Na tribuna, o vereador Moacir Genuário (PMDB) defendeu a legalidade da “Feirinha do Brás”, que seria realizada no Distrito de Martim Francisco, na última semana. A Prefeitura, por meio da Secretaria de Planejamento e Mobilidade Urbana, não concedeu alvará para a realização do evento, uma vez que os organizadores, segundo o Executivo, não teriam atendido diversas exigências presentes na lei, aprovada em abril, que estabelece condições para a instalação de feiras temporárias no município. Genuário revelou que foi ele o vereador procurado pela Associação Comunitária de Martim Francisco e disse ter orientado a associação e os feirantes quanto à legislação. De acordo com o vereador, apenas o laudo dos Bombeiros não teria sido entregue porque o setor de Planejamento da Prefeitura já estava fechado. “Se eles cumpriram a lei, é lamentável”, declarou.
TRANSPORTE – O vereador André Mazon (PTB) trouxe à tona, na sessão de Câmara, que o transporte público de Mogi Mirim não terá mais cobradores. “Recebi uma denúncia de que a nova gestora (dos coletivos) irá mandar embora todos os seus cobradores. Infelizmente, a denúncia se confirmou”, postou em sua página, nas redes sociais. Para Mazon, a medida é vista como ilegal, conforme estudo do contrato e das leis que regulam o serviço. O parlamentar disse que vai propor um projeto de lei exigindo a volta dos cobradores nos ônibus, já que a falta do serviço é um problema para o motorista e os passageiros. A gestão do transporte coletivo, em breve, deve estar sob o comando da empresa Fênix, de Bragança Paulista-SP, não mais da Benfica.