DECRETO – Foi publicado no último sábado, no Diário Oficial do Município pela Câmara Municipal, o decreto legislativo que informa sob a desaprovação das contas do prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB) referentes ao exercício de 2012. A votação que reprovou as contas do prefeito e seguiu o parecer do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) aconteceu na sessão dos vereadores do último dia 11, com resultado final de 11 x 6. Seguindo a lei complementar 64/90, Carlos Nelson se torna inelegível a partir da publicação do decreto, na visão do Ministério Público. Por outro lado, a Prefeitura alega que possui condições de apelar da decisão. Resta aguardar as cenas dos próximos capítulos.
TURISMO – Também na última edição do Diário Oficial, uma portaria assinada por Carlos Nelson nomeia a nova diretoria do Conselho Municipal de Turismo (Comtur) para o biênio correspondente a 2017/2019. Como presidente, Sebastião Zoli Junior, figura com forte ligação à comunidade italiana no país e de engajamento na atividade turística. O vice-presidente é o publicitário Nelson Theodoro Junior, virtual candidato às eleições no primeiro semestre de 2018 da Associação Comercial e Industrial de Mogi Mirim (Acimm). A 1ª secretária é Ângela Maria Soares de Lima e a 2ª secretária Melissa Kalinay Natalino.
EMPREENDIMENTOS – O projeto de lei complementar número 5, de 2017, de autoria do prefeito Carlos Nelson Bueno, que dispõe sobre a contrapartida relativa à aprovação dos empreendimentos imobiliários em Mogi Mirim, presente na ordem do dia da sessão da Câmara Municipal de segunda-feira, foi retirado da pauta, sob a alegação de mais tempo para debate e estudo. Uma reunião no plenário da Câmara na quinta-feira serviria justamente para isso, e contaria com a presença de empresários, vereadores e representantes da Prefeitura. Entretanto, foi cancelada. Nos corredores da política local, existe forte embate entre o prefeito e o ex-vereador Leonardo Zaniboni, loteador de diversos empreendimentos pela cidade. O x da questão se refere à contrapartida pela construção dos imóveis ao município, na visão dos empresários, já suficiente, enquanto que a Prefeitura considera pouco o oferecido pelos loteadores.
UBER – Para desespero dos taxistas, uma futura concorrência para o ramo pode desembarcar em Mogi nos próximos meses. Trabalho de qualidade e responsável por melhorar a oferta no transporte público no Estado, o Uber, empresa prestadora de serviços eletrônicos na área do transporte privado urbano virou a nova menina dos olhos do vereador Tiago Costa (PMDB). Na sessão de segunda-feira, o edil fez diversos elogios ao Uber, e revelou estudar uma maneira de colocar em prática o aplicativo na cidade. A ideia, que já era vista como positiva, ganhou força após uma enquete realizada por Tiago em seu perfil no Facebook, onde obteve 99% de aprovação dos internautas.
BENEFÍCIOS – Na visão de Tiago, a possível vinda do Uber não seria prejudicial ao taxistas. Pelo contrário. Sua ideia é até promover um debate entre os taxistas e os futuros “uberistas”, visando aparar arestas e evitar problemas entre as duas categorias, assim como visto em cidades como São Paulo. Além disso, melhoraria o serviço de transporte na cidade. “Sou a favor da livre concorrência de mercado, o serviço de transporte público é uma vergonha, os pontos precisam de manutenção, os horários são confusos e o preço injusto pela qualidade do serviço. O Uber seria uma oportunidade de emprego para os desempregados, de melhorar o transporte e ser uma nova alternativa no mercado. Vou estudar a possibilidade”, admitiu.
RACHADO? – E Tiago Costa estava afiado. Após comentar do Uber, o vereador rebateu acusações, segundo ele infundadas, de que o PMDB em Mogi Mirim, no qual é filiado, ao lado do também vereador Moacir Genuário, estaria rachado. “Não adianta plantar nos bastidores de que o PMDB está rachado. Logo algumas negociatas vão aparecer”, disse, em tom de mistério. Na sequência aproveitou para dizer que não teme perseguição política e que, quando preciso, não medirá palavras. “Vou colocar a boca no trombone, porque não tenho medo”, ameaçou. Tiago disse ainda não se sentir desprestigiado pelo fato de não ter recebido convite para participar da assinatura do contrato de anuência entre a Prefeitura e a empresa Fênix, que será a responsável pelo transporte público em Mogi. “Estou pouco me lixando se me convidaram para a assinatura da anuência”, rebateu.
CANDIDATO? – Cinoê Duzo (PSB) lançou sua candidatura à Prefeitura para as eleições municipais de 2019. Na segunda-feira, pouco antes do início da sessão, gravou um vídeo no plenário da Câmara no qual pedia opinião de vereadores, assessores e jornalistas sobre a importância do esporte, em alusão à presença de atletas de handebol do Clube Mogiano, homenageadas na segunda-feira. Ao final de cada “entrevista”, dizia que o esporte estaria em seu plano de governo para 2020. Nas eleições do ano passado havia a grande expectativa pela presença de Cinoê na disputa a prefeito, algo que não era tratado com unanimidade pelo seu partido, o PSB.
CASTRAÇÃO – Por intermédio do deputado federal Roberto Tripoli, do PV, o vereador Manoel Palomino (PPS) obteve uma verba federal no valor de R$ 35 mil para castrações de animais em Mogi Mirim. O montante é fruto de uma indicação feita pelo vereador, de grande engajamento com a causa animal, uma de suas principais bandeiras na política, ao lado da segurança. A verba será utilizada no programa de castração e chipagem de animais no município.
CIP – A Arrecadação e Valores Aplicados da Contribuição da Iluminação Pública (CIP) foi motivo de uma audiência pública organizada pelo vereador Luís Roberto Tavares, o Robertinho (PEN), na noite de quinta-feira, no plenário da Câmara Municipal. A falta de iluminação pública, que atinge toda a cidade, é tema de extrema preocupação do vereador e de outros edis, que costumeiramente tecem críticas ao serviço prestado na cidade. Ultimamente, até a Praça Rui Barbosa, um dos cartões postais do município, anda ficando às escuras. Situação vista em centenas de ruas espalhadas por Mogi.