RECADO – Se a população sempre critica e cobra os vereadores, dessa vez, foi a vez de Orivaldo Aparecido Magalhães (PSD) dar o troco. Na sessão de segunda-feira, o vereador mandou um recado para os munícipes de Mogi Mirim. Segundo Magalhães, volta e meia, é feita a seguinte pergunta: “O que vai acontecer com o Stupp (prefeito na gestão passada)?”. “Se, hoje, a Prefeitura não tem dinheiro para tapar os buracos e dar aumento aos servidores, a culpa também é de vocês, senhores eleitores”, afirmou o vereador, em resposta ao recorrente questionamento.
SURPRESA – O presidente da Câmara Municipal, Jorge Setoguchi (PSD), surpreendeu a todos ao conduzir a última sessão. Após a manifestação, aos berros, de uma pessoa que acompanhava os trabalhos, na noite de segunda-feira, indignada com o fato dos parlamentares passarem a palavra, o vereador chamou a atenção e pediu respeito, uma postura antes pouco adotada por ele. Pelo visto, Setoguchi se atentou às críticas feitas pela imprensa e resolveu adotar uma linha mais firme com relação à plateia. Ponto positivo para o presidente, que foi humilde e mudou de comportamento.
DISCUSSÃO 1 – Durante discurso na tribuna livre, o vereador Tiago Costa (PMDB) disse estar indignado ao perceber em certos projetos interesses escusos. “Essa Casa de Leis não é balcão de negócios”, disparou. Isso porque um projeto de lei, de autoria do prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB), que já havia sido retirado, prevê a doação de uma área do Município à empresa ADS Disjuntores Indústria e Comércio Ltda. A proposta, que retornou à Câmara e foi lida na sessão de segunda-feira, inflamou os ânimos entre Costa e Samuel Cavalcante (PR). O peemedebista disse estranhar o discurso do colega, que antes era forte opositor ao governo, e acredita existir uma manobra política para que o projeto possa ser aprovado. Costa ainda questionou o fato de ser cedida uma área de 6 mil m² para a geração de apenas 15 empregos. Para ele, a lei não está sendo atendida. “Eu vou peitar”, atacou.
DISCUSSÃO 2 – Por sua vez, na tribuna, Samuel Cavalcante (PR) respondeu Tiago Costa (PMDB) à altura. “Quando é para ajudar pai de família, ele vota contra. Fruto de uma carroça vazia. Faz muito barulho e não produz nada. É oco”, afirmou, em tom exaltado. Embasado, Cavalcante argumentou que a ADS é a maior importadora de disjuntores do Estado de São Paulo. Ele também explicou que área extensa era necessária para manobrar os equipamentos e ainda cobrou de Costa uma visita para conhecer a empresa. “Todos no Distrito Industrial são meus amigos, inclusive Ricardo Brandão, que é do seu partido”, rebateu.
DICUSSÃO 3 – Na sua segunda fala, Tiago Costa (PMDB) aproveitou para se defender. “O Poder Executivo não pode ser superior ao Legislativo”, ponderou. Ele contou ter oficiado a Prefeitura, cobrando alguns documentos que não estavam no projeto, para que pudesse dar um parecer à proposta de doação da área com mais segurança. “Carroça vazia ficou o senhor quando participou do governo Stupp, que destruiu Mogi Mirim. O senhor não passa de um hipócrita”, retrucou Costa.
NÃO GOSTOU – A vereadora Maria Helena Scudeler de Barros (PSB) se mostrou desconfortável com a agressividade de Tiago Costa (PMDB) na tribuna e não gostou nada do parlamentar ter deixado sua fala “no ar”, sem esclarecer os fatos. “Conte o que sabe. Que interesses escusos? De quem? Meus não são”, rebateu. Maria Helena ainda defendeu o fato da geração dos 15 empregos, principalmente por conta da crise que assola o país e também Mogi Mirim.
APROVADO – A Câmara aprovou por unanimidade, na segunda-feira, o projeto de lei que dispõe sobre a criação do Programa de Apoio Financeiro Escolar (Pafe). A proposta, do Poder Executivo, prevê que a Prefeitura repasse, a cada três meses, um recurso para as escolas municipais. O valor, que será determinado conforme o número de alunos por unidade, cairá diretamente em uma conta-corrente e aberta em nome da Associação de Pais e Professores (APP). Com essa autonomia, as escolas poderão executar por conta própria serviços simples como, por exemplo, trocar uma lâmpada queimada.
TURISMO – O presidente do Conselho Municipal de Turismo (Comtur), Sebastião Zoli Júnior, esteve na sessão do Legislativo, na sessão de segunda-feira, para falar dos trabalhos dos conselheiros e os andamentos para que Mogi se torne Município de Interesse Turístico (MIT). Caso receba o título de MIT, R$ 600 mil ficam à disposição da cidade, junto ao Estado, para investimentos no setor. Em maio deste ano, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) sancionou duas Leis que oficializaram as primeiras 20 cidades paulistas como MIT.