O CHEFE DA OFICINA – José Paulo Silva, presidente do MDB de Mogi Guaçu, foi apresentado a boa parte dos vereadores na sessão da Câmara Municipal de segunda-feira. Em participação na tribuna, após convocação de requerimento do vereador Cristiano Gaioto (PP), o novo encarregado de Transportes e Oficina de Mogi Mirim, explicou parte da situação encontrada por ele nas últimas semanas. “Estamos com muitas dificuldades, veículos parados há seis meses e máquina há dois anos”, revelou, dizendo ainda que, em um universo de cerca de 180 veículos, possui apenas dois mecânicos, um para carros leves e outros para médios e pesados. Ele já exerceu a função em uma das administrações de Walter Caveanha, em Mogi Guaçu, onde chegou a ser vereador.
BOMBA – Nomeado por Carlos Nelson Bueno no dia 15 de fevereiro, logo após receber o convite do prefeito em pleno sábado de Carnaval, José Paulo pediu três meses para colocar a casa em ordem e comparou a situação a de um paciente internado no hospital: “Peguei uma situação difícil, se fosse médico diria que o paciente está na UTI, mas precisa de tempo para ir ao quarto”. Curiosa foi a frase revelada por ele e dita por Carlos Nelson, na oportunidade em que foi convidado para a função. “É uma bomba e o salário não compensa”, contou, para tímidos risos dos vereadores no plenário. A sinceridade do prefeito anda mais afinada do que nunca!
É NECESSÁRIO? – A troca de até 18 mil hidrômetros em Mogi Mirim pelos próximos 12 meses, em serviço com início previsto para abril, despertou dúvidas no vereador Tiago Costa (PMDB). Para ele, o Serviço Autônomo de Água e Esgotos (Saae) deve apresentar uma justificativa ao mogimiriano. “Tem caso que é necessário? Por que a troca?”, indagou. Os custos, de R$ 769.860 na aquisição dos 18 mil aparelhos, fornecidos pela LAO Indústria Ltda, e de R$ 349.920 para a Enorsul Serviços em Saneamento Ltda, responsável pela execução dos trabalhos, também foram questionados. Tiago já adiantou que, através de requerimento, irá pedir a presença de Rodrigo Sernaglia na Câmara Municipal, no dia 23 de abril, a fim de explicar a nova troca dos aparelhos. O Saae nao divulgou o calendário de troca na cidade.
DISPAROU – O vereador André Mazon (PTB) condenou a gestão do prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB), e pediu mais rigor dos vereadores e da população contra o trabalho feito pelo mandatário. “Quem nessa cidade está satisfeito com o Poder Público? É só andar pela cidade e conversar”, reclamou. O episódio em que o médico Joaquim Tenório, marido da vice-prefeita e também médica Lúcia Tenório, deixou de atender cerca de 30 pacientes da Unidade Básica de Saúde (UBS) da Santa Clara, pela ausência de um ventilador para amenizar o forte calor, foi criticada de forma contumaz. “Nem o marido da vice-prefeita está satisfeito, abandonou 30 pacientes que estavam esperando há meses (pela consulta). Ele não teve a capacidade de convencer a esposa que precisava de um ventilador”, atacou.
SEM RESPOSTAS – Entregue ao provedor Milton Bonatti e ao administrador hospitalar da Santa Casa de Misericórdia, Clodoaldo dos Santos, há mais de três semanas, nove questionamentos de O POPULAR acerca de questões financeiras e administrativas do hospital, não foram respondidas até o fechamento desta edição. Na pauta, perguntas a respeito do atraso no pagamento dos salários e benefícios a ex-funcionários, dados e informações sobre a real situação financeira do hospital e o que mudou com o fechamento da Unidade de Atendimento Não Agendado (Uana) e a abertura da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), na zona Leste, inaugurada em dezembro. Silêncio sepulcral!
TERRRÍVEL – A delicada situação financeira e a falta de estrutura da Santa Casa de Misericórdia foram alvos da ira do vereador Orivaldo Magalhães, o Magalhães da Potencial (PSD), na sessão da Câmara de segunda-feira. Sem papas na língua, Magalhães lamentou o atual momento. “Posso dizer que não tem nada de santa e nem de casa, o que acontece alí é terrível, está faltando tudo dentro da Santa Casa”, desabafou, dizendo que determinados materiais e insumos, em certas ocasiões, são levados por familiares dos próprios pacientes.
IRREVERSÍVEL – Para o vereador, a fase do hospital é difícil de ser controlada. “A situação da Santa Casa chegou a um momento praticamente irreversível. A Santa Casa não tem mais credibilidade para contratar financiamentos. Cadê as pessoas para fazer o meio de campo com empresas de Mogi? A população também terá que contribuir”, alertou o vereador. Geraldo Bertanha, o Gebê (SD), pediu respeito à direção do hospital e reclamou da forma evasiva como a Santa Casa respondeu seus questionamentos e a ausência do provedor Milton Bonatti na Tribuna Livre da Câmara, no último dia 12. Agora, um requerimento de Jorge Setoguchi (PSD) convoca novamente Milton a prestar esclarecimentos, na sessão do dia 16 de abril. “Espero que ele tenha mais respeito pelo senhor do que teve por mim”, cobrou.
REAJUSTE? – Na segunda-feira, o vereador Moacir Genuário (PMDB) surpreendeu e, ao ter a palavra, afirmou que os servidores públicos municipais terão um reajuste de até 3,5% em seus vencimentos. Vale lembrar que no ano passado, devido à crise financeira, a Prefeitura não concedeu o aumento. O Executivo, através de sua assessoria de comunicação, rechaçou a fala e explicou que não existe nenhuma confirmação sobre o percentual informado por Moacir. A Prefeitura estuda a possibilidade, e disse que o prefeito Carlos Nelson debate o tema junto às secretarias de Finanças e Administração. Não existe prazo para que um possível valor seja definido.